Petrobras e outras petrolíferas reagem à alta do petróleo; Ação da Enauta disparam

Investing.com

Publicado 08.03.2022 11:37

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - As ações das petrolíferas estavam entre os principais ganhos desta manhã, com o setor se beneficiando da alta do petróleo no mercado internacional. Porém, agora pela tarde as empresas desaceleram os ganhos, acompanhando as discussões políticas sobre como evitar que o cenário internacional reflita na gasolina brasileira.

Às 15h19, as ações da Petrobras (SA:PETR4) recuavam 0,09%, a R$ 31,77, enquanto as da PetroRio (SA:PRIO3) se valorizavam 0,40%, a R$ 27,66, as da 3R Petroleum (SA:RRRP3) subiam 0,57%, a R$ 38,52, e as da Enauta disparavam 7,14%, a R$ 20,86.

Os investidores acompanham os desdobramentos da guerra da Ucrânia, que vem pressionando o preço do petróleo. “A Rússia é o terceiro maior produtor mundial de petróleo. Tirar a Rússia do Swift já dificulta que o país venda os seus produtos, mesmo que ela venda o petróleo com desconto, como vimos em alguns jornais que estaria acontecendo. A Rússia também deve estar enfrentando problemas com transporte do petróleo. Então isso faz com que o petróleo suba”, explica Bruce Barbosa, sócio da Nord Research.

Nos EUA, o petróleo WTI disparava 5,57%, a US$ 124,78 o barril, enquanto o Brent ganhava 5,61%, a US$ 128,82.

A Alemanha, em nome dos países europeus, afirmou que não irá parar com as compras de petróleo vindo da Rússia, uma vez que não há uma alternativa viável de curto prazo. Já os EUA avaliam proibir sozinhos a compra de combustíveis russos.

Para Barbosa, os EUA podem impor sanções energéticas, porque eles são os segundo maiores produtores de petróleo do mundo, então não dependem da exportação russa. Mas o mesmo não acontece com a Europa, que depende da Rússia nesse sentido, o que pode estar causando dificuldades para os americanos avançarem com restrições nesse setor. 

Além disso, no Brasil, a preocupação é que por causa da política de preços da Petrobras, a alta do petróleo no mercado internacional tenha o seu valor repassado aos postos de gasolina. “Estamos em um ano de eleições, em que antes da guerra, o preço do petróleo e do próprio dólar já estavam altos. Então o governo acha importante segurar esse preço para não piorar a inflação e o seu potencial eleitoreiro”, explica o sócio da Nord.

O Governo discute o congelamento temporário dos preços praticados pela Petrobras, com o argumento de que a empresa teve um lucro recorde no ano passado e por isso teria caixa para segurar a diferença com os valores praticados no mercado internacional. Também não é descartada a possibilidade de que os dividendos da estatal pagos à União sejam usados como subsídio para evitar os repasses ao consumidor final. 

 

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