Reuters
Publicado 13.07.2020 17:53
Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) já assegurou financiamentos suficientes para enfrentar a atual crise do coronavírus e não deverá enfrentar problemas de liquidez nos próximos trimestres, avaliaram analistas da Moody´s em relatório divulgado nesta segunda-feira.
A agência de classificação de risco destacou que a estatal brasileira anunciou recentemente medidas para lidar com o novo cenário de preços do petróleo decorrente da pandemia, que incluíram cortes de investimentos e adiamento do pagamento de dividendos a acionistas.
A Moody´s lembrou que a Petrobras solicitou a bancos em março o desembolso de 8 bilhões de dólares de linhas de crédito compromissadas com vencimento em 2023 e 2024, além de ter captado 3,25 bilhões de dólares em junho com títulos no exterior que expiram em 2031 e 2050. A companhia também levantou 1,7 bilhão de dólares em novas linhas de crédito.
"Nós não esperamos que a Petrobras precise de financiamento externo adicional (a esses valores)", apontaram os analistas da Moody´s, que citaram ainda cortes de despesas anunciados pela empresa e o adiamento dos dividendos até o final de 2020.
Segundo eles, a Petrobras ainda tem 1 bilhão de dólares disponíveis da linha de crédito sacada junto a bancos.
Mas as métricas de crédito da empresa, relacionadas à geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), irão se deteriorar em 2020 antes de uma melhora esperada no ano seguinte, acrescentaram.
"A companhia não possui 'hedges' de petróleo (operações para proteção contra variação do preço) e seu fluxo de caixa de refino não irá compensar os preços mais baixos do petróleo, devido ao 'lockdown' associado à pandemia que reduz a demanda por combustíveis. Mas nós esperamos que a companhia siga vendendo ativos e gerando um fluxo de caixa positivo", apontaram.
Em geral, empresas de petróleo e gás da América Latina deverão cortar investimentos em cerca e 8,3 bilhões de dólares em 2020, ou cerca de 30% do originalmente planejado, devido à volatilidade nos preços, segundo a avaliação da Moody´s.
Os preços do petróleo desabaram para mínima de 20 anos em meados de abril, após uma forte queda na demanda associada às medidas de isolamento adotadas para conter a pandemia de coronavírus pelo mundo e em meio a desentendimentos entre Arábia Saudita e Rússia sobre cortes na oferta para apoiar o mercado.
As cotações do petróleo mais que dobraram desde então, depois de um acordo entre Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Rússia e outras nações para cortes recorde de produção, mas seguem abaixo dos níveis pré-pandemia.
A Petrobras anunciou no final de março um corte para 8,5 bilhões de dólares nos investimentos previstos para 2020, ante 12 bilhões previstos originalmente.
A companhia também adiou para 15 de dezembro a distribuição de cerca de 1,7 bilhão de reais em dividendos, antes prevista para maio.
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.