Petrobras (PETR4): Com petróleo valorizado e produção forte, o que esperar do 3T23

Fonte: InvestingPRO

Na opinião do banco Goldman Sachs (NYSE:GS), o forte desempenho operacional da Petrobras no terceiro trimestre corrobora com a expectativa de um período forte para a empresa. O Goldman acredita em um ambiente de preços mais saudável para o diesel, conforme mencionam os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins. O GS possui classificação de compra para as ações da estatal, com preço-alvo de US$18,4 para as ADRs, R$42,40 para as ações preferenciais e R$46,60 para as ordinárias.

O BTG (BVMF:BPAC11) concordou com a robustez dos dados operacionais, que vieram em linha com o esperado pelo banco. As projeções são de receitas líquidas de US$ 26 bilhões, EBITDA de US$13,9 bilhões e lucro de US$4,9 bilhões.

“Prevemos robustos resultados financeiros das unidades upstream e downstream. Os preços do brent subiram 10% trimestralmente e espera-se que o crescimento da produção reforce a alavancagem operacional, reduzindo os custos de elevação para US$ 7,7/bbl (de US$ 7,9/bbl no segundo trimestre) e aumentando vendas de derivativos, juntamente com aumentos nos preços dos combustíveis”, detalham os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte. O BTG conta com indicação de compra para Petrobras, com preço-alvo de US$16 para as ADRs.

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Já o Itaú BBA espera que a Petrobras apresente US$14,5 bilhões em EBITDA no trimestre, alta de 24% em relação ao trimestre anterior. Entre os motivos, estariam maiores preços do petróleo, produção e números de vendas, elencam os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello. A recomendação do Itaú BBA é market perform, equivalente à neutra, com valor justo de R$38 para papéis PN e US$14,5 para ADRs.

Enquanto isso, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) aguarda um trimestre sólido para a companhia devido a cotações mais elevadas do brent, volume de vendas e produção em alta, levando a EBITDA ajustado de US$14,4 bilhões, ressaltam os analistas André Vidal e Helena Kelm.

A Genial Investimentos estima resultados sólidos, devido a evolução dos volumes produzidos e preços do brent, com EBITDA de R$57 bilhões, produção total estimada em 2,8 milhões de barris equivalentes (2,3 milhões em óleo) e um preço médio de comercialização de US$82 por barril.

A estatal de petróleo apresentou a produção média de óleo, LGN e gás natural de 2,88 MMboed no terceiro trimestre deste ano, 9,1% acima do 2T23.

Conforme apontou em relatório de produção e vendas divulgado ao mercado, a elevação ocorreu devido ao “melhor desempenho operacional das plataformas do pré-sal e do menor volume de perdas por paradas e manutenções, além do ramp-up das plataformas P-71, no campo de Itapu, FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios e FPSO Anna Nery, no campo de Marlim”.

De acordo com a companhia, o início de produção do FPSO Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador e a entrada de novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos também trouxeram efeitos positivos, que foram parcialmente compensados pelo declínio de campos maduros e por desinvestimentos.

Enquanto isso, a produção no pré-sal alcançou novo recorde trimestral de 2,25 MMboed. Este montante, segundo a companhia, representa 78% da produção total da empresa. Antes, o recorde era de 2,06 MMboed, verificado nos três meses imediatamente anteriores.

Os investidores estarão atentos, além do balanço, ao anúncio de pagamento de dividendos pela estatal, em meio à cautela de que a política de pagamento de proventos a acionistas possa sofrer alterações sob nova gestão.

A XP espera pagamentos mínimos de dividendos de US$ 4,3 bilhões, cerca de R$1,6 por ação, levando a um yield de 4,5%. A expectativa da Genial é de um dividendo de R$1,24 por ação referente ao terceiro trimestre, ou 14% de rendimento, anualizado. “Entretanto, é importante mencionar que consideramos em nossas estimativas o plano de investimentos oficial da empresa para 2023 (US$16 bilhões) vs US$5,7 bilhões no primeiro semestre. Caso a empresa siga subinvestindo em relação ao seu planejamento estratégico atual, naturalmente, existirá maior espaço para pagamento de dividendos”, acredita a Genial.