Petrobras: Presidente da estatal completa um mês no cargo sob o risco de demissão

Investing.com

Publicado 16.05.2022 14:47

Atualizado 16.05.2022 15:11

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - Apesar das constantes afirmações do governo federal de que não há planos para interferir na Petrobras (SA:PETR4), diversas peças ao redor da companhia se movimentam de forma a pressionar a administração da empresa. 

Com a disparada do preço do petróleo no mercado internacional, a estatal voltou a ser o centro de uma discussão política, uma vez que a alta no combustível, e como consequência a da inflação, pode afetar a campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, completou um mês no cargo neste sábado, 14, mas já há especulações sobre a sua permanência na companhia. No domingo, 15, Bolsonaro afirmou que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, tem “carta branca” para mexer na petrolífera. 

Coelho era aliado do ex-ministro Bento Albuquerque, que caiu após o recente reajuste nos preços do diesel. Isolado diante das críticas à política de preços da Petrobras, a saída de Coelho da presidência da Petrobras seria uma forma de deixar a administração da companhia mais “alinhada” com o Ministério.

Sachsida compartilha da visão liberal de Paulo Guedes e em uma de suas primeiras declarações públicas no cargo, já defendeu a privatização da Petrobras. 

Além disso,  o novo ministro teria transferido a discussão sobre a política de preços da Petrobras para o Planalto. Isso quer dizer que caso Coelho queira conversar sobre o assunto com o governo, deverá falar diretamente com Bolsonaro, que é abertamente crítico à política da empresa.

No sábado, 14, a Petrobras emitiu um comunicado afirmando que não está discutindo mudanças na sua política de preços com o ministério de Minas e Energia.

Porém, a saída de Coelho da Petrobras ainda é considerada um “talvez” pelo mercado. O Goldman Sachs (NYSE:GS (SA:GSGI34), por exemplo, emitiu um relatório na semana passada em que afirmou que ainda é cedo para saber como a chegada de Sachsida irá afetar a Petrobras e se haverá ou não alguma mudança prática na companhia.

A questão é que caso o governo realmente decida tirar Coelho do cargo, todos os outros membros do Conselho de Administração da Petrobras também cairiam, com exceção daqueles que foram eleitos em votação em separada do controlador pelas ações ordinárias e preferenciais e da conselheira dos empregados. 

Isso aconteceria porque a Lei das Sociedades Anônimas determina que em um conselho eleito pelo voto múltiplo, quando um conselheiro sai, é necessário que haja uma nova eleição dos nomes eleitos por meio dessa sistemática.

“Medidas legais”/h2

Enquanto o assunto de diretoria permanece uma incógnita, o presidente Jair Bolsonaro falou na semana passada sobre tomar “medidas legais” contra a Petrobras, para que a companhia prestasse mais atenção na sua “função social”. 

Uma das ideias que estariam sendo discutidas está na retomada de inquéritos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Algumas investigações de janeiro questionam supostas práticas anticoncorrenciais da estatal. 

Como resposta, no dia 12, a Petrobras comunicou ao mercado que não mantém conversas com o Cade sobre mudanças em sua política de preços e que não possui informações sobre o órgão regulador ter encontrado infrações de ordem econômica.

Às 15h10 desta segunda, as ações da Petrobras avançavam 1,63%, a R$ 34,83.

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