Petrobras: Troca de CEO mancha governança, mas não deve afetar política de preços

Investing.com

Publicado 29.03.2022 11:55

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - A governança e independência da Petrobras (SA:PETR4) pode mais uma vez ser questionada pelo mercado, após Joaquim Silva e Luna ser demitido por causa da polêmica em torno da política de preços da companhia. Pelo menos essa é a visão do UBS, segundo relatório divulgado hoje, 29, após a estatal confirmar a indicação de Adriano Pires como novo CEO. 

Ainda assim, o banco se mantém positivo sobre o futuro da empresa. A expectativa do UBS é que a Petrobras manterá sua política de precificação de combustíveis, mesmo que ligeiramente abaixo da paridade internacional por algum período de tempo. 

De acordo com o relatório emitido pelo UBS, a mudança de presidente da estatal deve ser interpretada como uma ação do governo para atender às preocupações da sociedade, mesmo que sem efeito prático.

O Safra, por outro lado, não descarta completamente a possibilidade de mudança na política de preços da Petrobras. Porém, o banco destaca que o perfil de Pires, junto com o estatuto da empresa e a lei para empresas estatais aumenta a probabilidade de continuidade da estratégia da companhia. 

Pires será o 40º presidente da Petrobras em seus 68 anos de existência. Ele é consultor em outras empresas de energia e teria sido indicado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O UBS e o Safra destacam que Pires já emitiu declarações que sugerem um mandato potencialmente favorável, como o apoio à política de preços da Petrobras e a possibilidade de privatização da companhia.

Essa visão sobre a estatal tende a fazer com que a nomeação de Pires seja bem recebida pelo mercado, segundo o Safra. Na verdade, o banco acredita que essa indicação tende a favorecer as ações da Petrobras, que estavam sofrendo nos últimos tempos com o ruído político.  

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Às 11h49, as ações da Petrobras ganhavam 2,60%, a R$ 32,42.

Silva e Luna vinha sendo alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro e aliados por causa da alta dos combustíveis, impulsionada pelos repasses dos preços internacionais do petróleo por parte da Petrobras. A preocupação do governo era que a inflação causada pelo aumento da gasolina tivesse um impacto negativo na popularidade do presidente e como consequência, prejudicasse a sua campanha de reeleição.

O UBS relembra que após a última mudança no comando da Petrobras, as ações da empresa caíram quase 20%, por causa do medo de interferências do governo na estatal. Porém, desde então, os preços do ativo já subiram mais de 79%, com a companhia apresentando resultados e dividendos acima do esperado. 

O UBS mantém a sua indicação de compra das ações da Petrobras, com preço-alvo em R$ 44. A visão também é compartilhada pelo Safra, que recomenda compra, com preço-alvo em R$ 38.

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