PF faz operação contra Unick Forex por pirâmide financeira; empresa dizia ter 1 milhão de investidores

Arena do Pavini

Publicado 17.10.2019 08:39

Atualizado 17.10.2019 10:21

Arena do Pavini - A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Lamanai, que tem como alvo a empresa Unick Forex. Com sede em São Leopoldo, ela é acusada de montar um esquema de pirâmide financeira. A empresa dizia ter mais de um milhão de clientes, atraídos pela promessa de dobrar o capital em seis meses e ainda ganhar comissão com a indicação de outros investidores. Segundo informações da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, a investigação tem o apoio da Receita Federal e identificou captações que chegaram a 40 milhões de reais por dia pela organização criminosa, que parou de pagar os investidores em agosto deste ano. A empresa chegou a contratar no início de outubro um escritório de advocacia para negociar acordos para pagamentos aos clientes, o Nelson Wilians & Advogados Associados.

A Unick tinha sede também em Belize, paraíso fiscal na América Central, e dizia ter uma terceira empresa que garantia os investimentos e que era proprietária de um terreno para loteamento em Goiás. Nas últimas semanas, o presidente e fundador da Unick, Leidimar Lopes, estava enviando vídeos e comunicados da sede de Belize. Leidimar criou a Unick usando o mesmo CNPJ e endereço de outra empresa, a Phoner, de venda de produtos, que também era suspeita de atuar como pirâmide. O ex-Trapalhões Dedé Santana e a ex-Balão Mágico Simoni foram usados como garotos-propaganda da Unick.

A operação envolve 200 agentes e deve cumprir 10 mandados de prisão e 65 ordens de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Curitiba, Bragança Paulista, Palmas e Brasília. Segundo a Rádio Gaúcha, nove pessoas já haviam sido presas às 8 horas da manhã. A PF investigava desde janeiro a empresa, que prometia ganhos de 100% em seis meses para os investidores, e que segundo o inquérito atuava como pirâmide financeira. Segundo a PF, a captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”, em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo.

A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que se abstivesse de tais práticas não autorizadas, mas seguiu atuando e teve expedida uma ordem de parada de operações (stop order), que também foi ignorada. A CVM divulgou três alertas ao mercado, o último destacando indícios de pirâmide financeira nas ofertas da Unick, e abriu um processo administrativo sancionador, que prevê punições aos responsáveis, mas a empresa alegou que não oferecia investimentos e por isso não estaria sujeita à fiscalização da autarquia.

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Ao longo da investigação se evidenciaram outras práticas criminosas como a aquisição de moedas virtuais para remeter ao exterior, em supostos atos de evasão de divisas, assim como crimes de lavagem de dinheiro, entre outros, segundo a PF.

Incapaz de honrar os pagamentos de saques, a empresa passou a anunciar em agosto seguidos processos de reestruturação de seu sistema, alegando problemas com o crescimento do número de clientes, e depois afirmou ter sido lesada por um golpe que teria desviado R$ 1 bilhão de suas contas. Em todos os momentos, porém, Leidimar e seus diretores alegavam que enfrentavam apenas problemas operacionais, frutos do “sucesso” da Unick, que eram vítimas de calúnias e conspirações, até da própria CVM, e que voltariam a crescer como antes, incentivando os investidores a captarem mais clientes para a plataforma. “Quem viver, verá”, gostava de proclamar o diretor de marketing da companhia, Danter Silva, ao fim dos vídeos voltadas para os investidores nas redes sociais. Agora é possível ver claramente o que realmente estava acontecendo: e o que se vê não é nada bom, com centenas de milhares de investidores que perderam suas economias.

Foto: Polícia Federal do Rio Grande do Sul

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Por Arena do Pavini

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