Prejuízo da Uber cresce no 2º tri com maiores incentivos a motoristas

Reuters

Publicado 04.08.2021 17:48

Atualizado 04.08.2021 19:35

Por Tina Bellon e Akanksha Rana

AUSTIN/BENGALURU (Reuters) - A Uber (NYSE:UBER) divulgou nesta quarta-feira que seu prejuízo cresceu no segundo trimestre, mesmo com o aumento das viagens e entregas. Os incentivos a motoristas atingiram a receita da empresa de entrega de alimentos e transporte de passageiros.

A Uber teve prejuízo ajustado de 509 milhões de dólares antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) - métrica que exclui custos não recorrentes- ampliando a perda em quase 150 milhões de dólares em relação ao primeiro trimestre.

A empresa também alertou investidores de que a variante Delta da Covid-19 impactou o resultado.

Os analistas, em média, esperavam que a companhia reportasse uma perda de Ebitda ajustado de cerca de 324,5 milhões de dólares, segundo dados da Refinitiv.

Mas a Uber reafirmou meta de atingir a lucratividade com base no Ebitda ajustado no final deste ano e disse que reduzirá as perdas para 100 milhões de dólares no terceiro trimestre.

A empresa disse que os passageiros voltaram à sua plataforma em maior número em julho e espera que a tendência continue nos próximos meses junto com fortes pedidos de entrega de alimentos.

Isso desde que a variante Delta do coronavírus não reverta a reabertura gradual da economia dos EUA, problema que a rival Lyft (NASDAQ:LYFT) disse na véspera que estava monitorando.

Os investidores estão preocupados com a contínua escassez de motoristas no setor, à medida que a demanda aumenta. A Lyft disse que espera que a oferta limitada de motoristas continue no próximo trimestre.

A Uber disse que os motoristas ativos mensais e os entregadores de comida aumentaram em 50%, ou quase 420 mil de fevereiro a julho.

A Uber gastou 250 milhões de dólares com incentivos a motoristas no trimestre, o que aumentou os prejuízos em seu negócio de transporte urbano por aplicativo.