Projeto de lei compromete meta de adoção de veículos elétricos nos EUA, dizem montadoras

Reuters

Publicado 08.08.2022 11:17

Por David Shepardson

WASHINGTON (Reuters) - Um grupo que representa General Motors (NYSE:GM), Toyota, Volkswagen (ETR:VOWG) e outras grandes montadoras disse que um projeto de lei de 430 bilhões de dólares aprovado no domingo pelo Senado norte-americano colocará em risco o cumprimento das metas de adoção de veículos elétricos nos Estados Unidos para 2030.

"Infelizmente, os requisitos de crédito fiscal para veículos elétricos tornarão a maioria dos veículos imediatamente inelegíveis para o incentivo", disse o presidente-executivo da Alliance for Automotive Innovation, John Bozzella, acrescentando que o projeto de lei "também comprometerá nossa meta coletiva de 40% a 50% de vendas de veículos elétricos em 2030."

O grupo havia alertado na sexta-feira que, com base no texto, a maioria dos modelos de veículos elétricos não se qualificaria para um crédito fiscal de 7.500 dólares para compradores norte-americanos.

Para ser elegível, os veículos devem ser montados na América do Norte, o que tornaria alguns veículos elétricos atuais inelegíveis assim que a legislação entre em vigor.

O projeto de lei do Senado impõe outras restrições para limitar o uso pelas montadoras de materiais fabricados na China, introduzindo gradualmente as porcentagens exigidas de componentes de baterias de origem norte-americana. Após 2023, veículos com baterias que possuem componentes chineses não poderão receber o incentivo, enquanto minerais críticos também enfrentam limitações de fornecimento.

A Câmara dos Deputados dos EUA pretende votar o projeto na sexta-feira.

O senador Joe Manchin, que pressionou pelas restrições, disse que os veículos elétricos não devem depender de cadeias de suprimentos estrangeiras, enquanto a senadora Debbie Stabenow, do Estado de Michigan, disse que o crédito é "inviável".