Projeto de minério de ferro Simandou deve ser retomado após acordo de acionistas e governo

Reuters

Publicado 14.03.2023 17:32

CONAKRI (Reuters) - Autoridades e acionistas guineenses chegaram a um acordo sobre os termos de uma joint venture para a exploração de Simandou, uma das maiores jazidas de minério de ferro do mundo, abrindo caminho para o reinício dos trabalhos neste mês, informou nesta segunda-feira a Presidência da República.

O governo de transição da Guiné ordenou a paralisação dos trabalhos em julho passado para tentar forçar os acionistas - que incluem a Rio Tinto (LON:RIO),, Aluminium Corporation of China (Chinalco), China Baowu Steel (Baowu) e Winning Consortium Simandou (WCS) - a concordar com os termos da joint venture.

Na época, as autoridades disseram que precisavam de esclarecimentos sobre como os interesses do país da África Ocidental seriam preservados à medida que as empresas explorassem os mais de 4 bilhões de toneladas de minério de Simandou.

Todas as partes assinaram um pacto para a joint venture La Compagnie du TransGuinéen (CTG) em 8 de março, marcando um "passo crucial" nas negociações entre o Estado guineense e os parceiros industriais, disse a presidência em comunicado datado de 8 de março, mas tuitado na segunda-feira.

A CTG garante ao governo 15% do minério de ferro de Simandou, bem como uma participação livre e não diluível de 15% na infraestrutura ferroviária e portuária.

Também reafirma os compromissos anteriormente declarados de eventualmente abrir a ferrovia para serviços de passageiros e outros usuários.

"Hoje marca a data mais importante no desenvolvimento do projeto Simandou", disse Robin Lu, representante da WCS, após a cerimônia de assinatura, que foi transmitida pela televisão estatal na noite de domingo.

O projeto Simandou vem sendo negociado há anos, sua exploração atrasada por disputas legais e pela dificuldade e custo de construção de infraestrutura.

O representante da Rio Tinto, Lawrence Dechambenoit, disse que o projeto Simandou nunca chegou tão perto de ser concretizado.

Sob a CTG, a Simfer, subsidiária da Rio Tinto, da qual a Chinalco e a Baowu também detêm ações, deverá financiar metade do projeto, que tem um custo estimado entre 15 bilhões e 20 bilhões de dólares. A WCS cobrirá a outra metade.

A Simfer SA, de propriedade do governo da Guiné (15%) e da Simfer Jersey Limited (85%), é uma joint venture entre a Rio (53%) e a Chalco Iron Ore Holdings (CIOH) (47%).

A CIOH é detida em 75% pela Aluminium Corporation of China (Chinalco) e 20% pela Baowu, com a China Rail Construction Corporation e a China Harbour Engineering Company cada uma com 2,5%.

O representante da Baowu em Conakry, Jiang Gongyang, disse que a CTG foi "um passo importante para o projeto Simandou".

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O ministro responsável pelo gabinete da Presidência, Djiba Diakite, disse estar confiante na convergência de diferentes pontos de vista e apelou a todos os parceiros industriais para que tomem as medidas necessárias para garantir que os trabalhos sejam retomados este mês conforme o planeado.

(Reportagem de Saliou Samb)

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