Próximo presidente enfrentará desafio com Congresso para governar efetivamente o Brasil, diz Moody's

Reuters  |  Autor 

Publicado 20.09.2018 18:00

Atualizado 20.09.2018 20:30

Próximo presidente enfrentará desafio com Congresso para governar efetivamente o Brasil, diz Moody's

BRASÍLIA (Reuters) - A Moody's afirmou nesta quinta-feira que o novo presidente do Brasil enfrentará desafios em seu relacionamento com o Congresso Nacional para conseguir "efetivamente" governar, independentemente de quem sair vencedor na disputa pelo Palácio do Planalto em outubro.

Em relatório, a agência de classificação de risco destacou que seu cenário base não contempla a aprovação de uma extensa reforma previdenciária. Em outra frente, a Moody's também espera que a regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior, seja modificada no próximo governo.

"No entanto, também esperamos que um trabalho no relacionamento com o Congresso levaria à aprovação de uma reforma da Previdência, apoiando a consolidação fiscal e impulsionando a confiança dos investidores", afirmou Gersan Zurita, vice-presidente sênior da Moody's.

A agência apontou, por outro lado, que se a continuidade das reformas não for assegurada, a dinâmica fiscal adversa continuará e a volatilidade do mercado pesará na recuperação econômica.

"Em um cenário de continuidade de política, a Moody's espera uma recuperação gradual do crédito, riscos estáveis de ativos e rentabilidade sólida. Sob um cenário de ruptura, os custos de crédito aumentariam, mas a capitalização dos bancos permaneceria estável, enquanto a indústria de seguros continuaria a desafiar a turbulência política e estagnação econômica", acrescentou.