Prumo e TotalEnergies firmam acordo para energia eólica offshore no Porto do Açu

Reuters

Publicado 17.11.2022 17:24

SÃO PAULO (Reuters) - A Prumo Logística (BVMF:PRML3) e a petroleira francesa TotalEnergies anunciaram nesta quinta-feira a assinatura de um memorando de entendimentos para estudos visando a instalação de bases de apoio logístico no Porto do Açu (RJ) para projetos de energia eólica offshore.

Segundo as empresas, a parceria abre espaço para que a TotalEnergies prossiga com estudos de viabilidade para a implantação de parques eólicos em alto-mar com até 3 gigawatts (GW) de potência no Estado do Rio de janeiro.

A ideia é que a petroleira utilize o Porto do Açu, controlado pela Prumo, como um hub logístico em todas as fases do projeto, como base de apoio para construção, instalação e operação das eólicas.

A TotalEnergies já é um importante player nesse mercado que começa a se desenvolver agora no Brasil. Atualmente, a empresa francesa tem pedidos de licenciamento junto ao Ibama para três projetos eólicos offshore no país, com capacidade total de 9 GW.

"Como uma empresa multienergética, a expansão das atividades no segmento eólico offshore está em linha com a estratégia de alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e com o compromisso de investir a longo prazo no país", afirmou em nota Charles Fernandes, diretor geral da TotalEnergies EP Brasil e country chair da companhia no Brasil.

Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, destacou que algumas características de Açu, como sua vasta retroárea e condições de calado únicas, posicionam o porto como uma importante plataforma para o desenvolvimento de eólicas offshore.

"Além disso, estamos em fase de atração de fábricas que tenham sinergia com esse negócio", informou Zampronha, em nota.

Além da TotalEnergies, o Porto de Açu já havia anunciado em setembro uma parceria com a francesa EDF (EPA:EDF) Renewables para desenvolver futuros projetos eólicos offshore e de hidrogênio verde na área do porto.

A indústria eólica offshore começou a olhar para o Brasil nos últimos anos, com o fortalecimento da agenda de transição energética, mas os empreendimentos locais ainda carecem de definições, principalmente regulatórias, para sair do papel.