Recall de airbags da GM pode gerar custos de até US$ 5 bi, estima Wells Fargo
Investing.com | Autor Michael Elkins
Publicado 09.10.2023 11:28
Investing.com – O Wells Fargo (NYSE:WFC) manteve a recomendação de venda em General Motors (NYSE:GM) e o preço-alvo de US$ 29,00 por ação para os próximos 12 meses, após uma reportagem do Wall Street Journal revelar que autoridades regulatórias dos EUA estão exigindo o recall de 52 milhões de infladores de airbag fabricados pela ARC.
Segundo a matéria, a Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos EUA (NHTSA, na sigla em inglês), em uma rara audiência pública, recomendou o recall, pois um mecanismo usado no inflador poderia se romper, lançando pedaços de metal contra o motorista e os passageiros.
A reportagem diz que a GM é responsável por 20 milhões dos 52 milhões de infladores de airbag da ARC. A montadora americana já havia feito o recall de 1 milhão de carros.
A GM e a ARC afirmam que não há provas suficientes para um recall dos outros modelos. As montadoras defendem que, depois de 8 anos de investigação, não há indícios de um defeito de projeto ou fabricação. No entanto, a NHTSA estima que um em cada 370.000 infladores se romperá no futuro, e disse que um recall de todos os infladores resolveria esse risco.
Os recalls anteriores de airbags na GM, Ford (NYSE:F) e Honda (NYSE:HMC) sugerem que os custos de recall podem variar de US$ 200 a US$ 260 por veículo. Isso implica um custo de US$ 3,8 bilhões a US$ 4,9 bilhões para o recall dos 19 milhões restantes de veículos da GM.
“Duvidamos que a ARC possa pagar esse custo, e não sabemos se parte ou todo o custo será repassado aos fornecedores de airbags de Nível 1”, escreveram os analistas. “Portanto, é provável que as montadoras tenham que arcar com a maior parte desse custo se a NHTSA decidir contra elas.”
A NHTSA está realizando uma audiência sobre esse assunto e pode ordenar formalmente um recall e aceitará comentários até 4 de dezembro antes de tomar sua decisão final.
As ações da GM fecharam o pregão de sexta-feira com uma alta de 1,95%, cotadas a US$ 30,90, mas devolviam parte desses ganhos antes da abertura desta segunda, 9, ao cair 0,81% em Nova York.
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Escrito por: Investing.com
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