Recordes de abate no Brasil fazem do país o rei mundial da carne, mostram dados do IBGE

Reuters

Publicado 14.03.2024 14:38

Atualizado 14.03.2024 16:25

Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - Os frigoríficos brasileiros processaram volumes sem precedentes de frango e suínos e registraram o segundo maior nível de abate de bovinos da história, de acordo com dados de 2023 divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os novos números do IBGE confirmam que o Brasil, que é o maior fornecedor de carne bovina e de frango do mundo e o quarto maior exportador de carne suína, está bem posicionado para manter ou expandir sua participação no comércio global de carnes.

Os frigoríficos brasileiros atendem a centenas de clientes em todo o mundo, sendo que a China e o Oriente Médio estão entre os principais destinos de exportação da carne produzida no país, que é uma potência também no fornecimento de grãos.

O IBGE disse que o abate de gado no Brasil, país que detém cerca de um quarto do comércio global de carne bovina, cresceu quase 14% em 2023, para 34,06 milhões de cabeças, continuando o movimento de alta do ano anterior.

O Brasil abriga algumas das maiores empresas de carne do mundo, incluindo a JBS (BVMF:JBSS3), a BRF (BVMF:BRFS3), a Marfrig (BVMF:MRFG3) e a Minerva (BVMF:BEEF3).

O país exportou 2,01 milhões de toneladas de carne bovina in natura no ano passado, um recorde histórico, segundo o IBGE.

Somente os Estados Unidos produzem mais carne bovina do que o Brasil, mas lá, os baixos estoques de gado desafiaram os produtores de carne nos últimos trimestres, inclusive a JBS e a Marfrig, que têm sede no Brasil.

Mesmo com o aumento do abate de gado no ano passado, o Brasil ainda possui um dos maiores rebanhos do mundo, com mais de 230 milhões de cabeças, de acordo com dados do IBGE.