Recuperação judicial é alternativa mais provável para Americanas, diz XP

Estadão Conteúdo

Publicado 15.01.2023 15:59

Atualizado 16.01.2023 07:44

Recuperação judicial é alternativa mais provável para Americanas, diz XP

Diante das informações recentes sobre a crise da Americanas (BVMF:AMER3), que obteve na sexta-feira, 13, na Justiça a suspensão por 30 dias do vencimento antecipado de suas dívidas, a XP (BVMF:XPBR31) divulgou relatórios a clientes onde diz acreditar que a companhia tem agora dois caminhos possíveis.

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Um deles deve ser a negociação de uma injeção de capital com os bancos. A XP fez uma análise de sensibilidade para estimar qual seria o tamanho de um eventual follow-on que daria conforto para os credores.

O valor a que chegou foi de R$ 12 bilhões a R$ 21 bilhões, a depender do nível de alavancagem e da margem Ebitda, dados que não são claros em razão das dúvidas que surgiram a respeito das demonstrações financeiras após os anúncios recentes. O relatório lembra que o valor de mercado da companhia está agora em R$ 2,8 bilhões, ante R$ 10,8 bilhões antes de o rombo aparecer.

O outro caminho deve ser a preparação para o pedido de recuperação judicial, alternativa que parece mais provável na avaliação da corretora, dado o tamanho da dívida da empresa e da potencial necessidade de capital, além do número de credores envolvidos. Com base em dados passados de recuperação judicial, a XP disse ver quatro principais implicações não muito positivas para a Americanas frente a essa possibilidade. A empresa ficaria nesse estado delicado por um período longo, de no mínimo três anos. Sairia do Índice Bovespa, porque deixaria de cumprir exigências para pertencer ao principal índice da B3 (BVMF:B3SA3), o que pode impactar negativamente a liquidez.

A "arrumação da casa", ou seja, o rebalanceamento da estrutura de capital pode ser feito por venda de ativos, renegociação de dívidas, conversões de dívidas em ações e aumento de capital. No entanto, a dissolução da companhia não é descartada.

Em meio a tudo isso, espera-se muita volatilidade. "As ações tendem a sofrer durante processos de recuperação judicial, uma vez que as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas", escrevem os analistas Daniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt.

A XP mantém a recomendação "em análise" para a companhia.

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