Saúde: Quem deve se destacar no terceiro trimestre, segundo o BTG

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 17.10.2023 14:53

Investing.com – Com sazonalidade parecida com os três meses anteriores, o terceiro trimestre deve ser de resultados mistos para as companhias do setor de saúde, segundo o banco BTG (BVMF:BPAC11). Fleury e Oncoclínicas devem ser os destaques, no entendimento da instituição financeira. Enquanto isso, Blau Farmacêutica deve ficar atrás dos pares, com pressão nos indicadores.

Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o BTG afirma que o período não é bom para os pagadores, tendo em vista as frequências mais altas e mais dias úteis, mas sim para fornecedores, que tendem a ser impulsionados pelos volumes maiores. A temporada deve ser, de forma geral, de melhorias como maiores aumentos de preços e expansão nas margens, assim como desalavancagem gradual.

De acordo com os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, “o setor de saúde atingiu um ponto de inflexão e irá gradualmente normalizar para níveis históricos de rentabilidade, principalmente devido a fortes aumentos de preços”. No entanto os analistas não imaginam uma recuperação em forma de V em breve. “Embora estejamos mais otimistas em relação aos lucros e melhoria na dinâmica, será um processo gradual”, ponderam.

Assim, o BTG prefere exposição com Hapvida, Oncoclínicas e Rede D'Or.

h2 Balanços 3T23/h2

Rede D'Or (BVMF:RDOR3): Os analistas esperam um trimestre misto para Rede D'Or, com impulso de créditos fiscais, mas sem brilho no segmento hospitalar. A receita líquida deve apresentar elevação anual de 10%, para R$13,4 bilhões, e o EBITDA contábil tende a apresentar alta de 23% na mesma comparação. O lucro líquido ajustado deve atingir R$700 milhões, o que representa um acréscimo de 84% frente ao mesmo período do ano passado.

Hapvida (BVMF:HAPV3) : O banco espera elevações nos preços, mas sinistros médicos sazonalmente mais elevados do terceiro trimestre. A expectativa é de alta anual na receita de 11%, para R$7 bilhões, diante da expansão do ticket médio, ainda que com diminuição nos membros aderentes. O EBITDA ajustado deve ser de R$652 milhões, ganho anual de 29%.

Fleury (BVMF:FLRY3) : Os analistas esperam margens estáveis na comparação anual, com receita consolidada em alta de 12%, atingindo R$1,87 bilhão, além de expansão da mesma magnitude no EBITDA ajustado, para R$488 milhões. A projeção é de lucro líquido de R$169 milhões, um acréscimo de 34% frente ao mesmo período do ano passado.

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Oncoclínicas (BVMF:ONCO3) : Com fortes volumes, o BTG espera um sólido crescimento da receita, para R$1,39 bilhão, com elevação de 20% na comparação frente igual intervalo do ano passado e uma expansão de 41% no EBITDA ajustado, a R$272 milhões.

Qualicorp (BVMF:QUAL3): A companhia deve apresentar dados financeiros fracos, afetados por sazonalidade desfavorável, segundo os analistas. A projeção é de queda anual de 14% na receita líquida, estimada em R$434 milhões. O banco ainda espera um EBITDA ajustado de R$191 milhões, baixa de 28% na mesma comparação.

Hospital Mater Dei (BVMF:MATD3): O BTG aguarda margens estáveis, com crescimento anual da receita em 18%, para R$559 milhões, diante de maior número de leitos cirúrgicos (principalmente em Salvador) e taxas de ocupação mais elevadas após a consolidação de fusões e aquisições. O banco estima lucro líquido ajustado de R$59 milhões, alta de 12% na mesma análise.

Viveo (BVMF:VVEO3): De acordo com o documento, a Viveo deve entregar um sólido crescimento de receita no terceiro trimestre, após suas fusões e aquisições. A receita líquida é projetada em R$2,7 bilhões, uma expansão de 20%, EBITDA ajustado de R$228 milhões, elevação anual de 21%, e lucro líquido ajustado de R$66 milhões, ganho de 7%.

Blau (BVMF:BLAU3) : Com consolidação da aquisição de Bergamo, o BTG espera “resultados sem brilho novamente”, com receita líquida de R$387 milhões, alta anual de 7%, EBITDA de R$96 milhões, retração de 20% na mesma comparação e lucro líquido ajustado em queda de 26%, para R$70 milhões.

Odontoprev (BVMF:ODPV3): Com adições líquidas sólidas de 100 mil membros e maior ticket médio, o banco estima receita de R$538 milhões, alta anual de 8,5%, além de EBITDA ajustado de R$162 milhões, um aumento de 17%, e lucro líquido de R$119 milhões, ganho de 23%.

Diagnósticos da América (Dasa) (BVMF:DASA3): Ainda que a empresa deva apresentar expansão de receita considerada decente pelos analistas, o banco pondera que as margens devem ficar baixas. A expectativa é de uma receita líquida de R$3,79 bilhões, alta anual de 11%, e EBITDA ajustado de R$638 milhões, variação positiva de 7%. No entanto, o BTG estima prejuízo líquido contábil de R$30 milhões, contra também resultado negativo de R$97 milhões no 3T22.

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