Sem força para seguir NY, Ibovespa sobe apenas 0,06%, a 110,4 mil pontos

Estadão Conteúdo

Publicado 05.10.2021 15:07

Atualizado 05.10.2021 18:47

Sem força para seguir NY, Ibovespa sobe apenas 0,06%, a 110,4 mil pontos

Apesar da retomada do apetite por risco no exterior, impulsionada por dados de atividade (PMI) melhores do que o esperado nos Estados Unidos e na Europa, o Ibovespa não conseguiu sustentar o ritmo de recuperação visto no início da tarde, quando conseguiu se aproximar dos 111,7 mil pontos na máxima do dia. Ao final, mostrava levíssimo ganho de 0,06%, aos 110.457,64 pontos, uma fração dos 2,22% que havia perdido na segunda-feira, alternando ganhos e perdas nas últimas nove sessões, em padrão volátil. Nesta terça, oscilou entre mínima de 110.087,36 pontos e máxima de 111.691,29 pontos, então em alta de 1,18%, saindo de abertura aos 110.397,37 pontos. Na semana, cede 2,16%, com perda de 0,47% nestas três primeiras sessões de outubro - no ano, o índice recua 7,19%. O giro desta terça-feira ficou em R$ 29,6 bilhões.

Com pressão maior sobre o câmbio no fim da sessão, em que o dólar à vista subiu 0,71%, a R$ 5,4851 no fechamento, a Bolsa praticamente zerou os ganhos do dia, em sessão na qual não conseguiu acompanhar ao longo da tarde o avanço firme mostrado pelos índices de Nova York.

Ainda assim, a alta de Petrobras (SA:PETR3) (SA:PETR4) (ON +1,67%, PN +2,19%) e das ações de grandes bancos (BB (SA:BBAS3) ON +4,76%, Itaú (SA:ITUB4) PN +2,42%) manteve o Ibovespa em terreno positivo nesta terça-feira, de desempenho ao final negativo para mineração (Vale ON (SA:VALE3) -0,72%, na mínima do dia no encerramento) e majoritariamente para siderurgia (Usiminas (SA:USIM5) PNA -0,38%, Gerdau (SA:GGBR4) PN -0,52%). Refletindo os "jabutis" incluídos na MP da crise hídrica, as ações de utilities (Eletrobras ON (SA:ELET3) -1,00%, Cesp (SA:CESP6) PNB -1,94%, Copel (SA:CPLE6) PNB -1,36%) destoaram desde cedo na B3 (SA:B3SA3). Na ponta do Ibovespa, destaque para Pão de Açúcar (SA:PCAR3) (+6,80%), Banco do Brasil ON (+4,76%) e Americanas ON (SA:AMER3) (+3,81%). No lado oposto, Banco Pan (SA:BPAN4) (-6,40%), CVC (SA:CVCB3) (-5,90%) e Grupo Soma (SA:SOMA3) (-4,68%).

LEIA MAIS: Empregos da ADP, Constellation Brands, Levi's, vendas no varejo: 4 assuntos para observar na quarta

Esta terça-feira foi novo dia de ganhos para o petróleo, com o barril do Brent negociado mais perto dos US$ 83, ainda impulsionado pela decisão de segunda-feira da Opep+ de manter o gradualismo no aumento de oferta global do insumo, cujos preços têm sido em parte pressionados pela transição energética na China, que busca reduzir a dependência de carvão para melhorar o enquadramento ambiental do país.

"Ontem, a Opep+ confirmou que manteria sua produção no nível atual mesmo com a pressão de alguns países por um aumento maior da produção. Ou seja, existe maior demanda pela commodity e a decisão de não aumentar a produção se reflete no aumento dos preços", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Vale destacar também o ótimo desempenho das ações da Petrobras, que neste pregão renovaram a máxima do ano, com mais um dia de valorização do petróleo", acrescenta.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Se, por um lado, a recuperação do petróleo dá ensejo à retomada de um dos carros-chefes da B3, por outro tende a acirrar dúvidas quanto ao comportamento da inflação, aqui e no exterior. "A elevação dos preços da commodity tem pressionado a inflação global, e isso acaba se refletindo nos yields dos Treasuries e na expectativa quanto à elevação de juros", observa Henrique Zimmermann, sócio e head Nordeste da VLG Investimentos, chamando atenção também para a curva de juros doméstica, especialmente os vencimentos longos, ainda refletindo a incerteza quanto à definição de questões essenciais à evolução do quadro fiscal, como a PEC dos Precatórios.

"No mundo o que se tem hoje é uma inflação de oferta, não de demanda, em razão de dificuldades nas cadeias internacionais de suprimentos, como os semicondutores - não é uma inflação movida por crescimento econômico. O mercado está ainda pesado, de forma geral a incerteza sobre China tem segurado mais os emergentes, sem conseguir 'performar' como os mercados de referência", acrescenta.

No quadro mais amplo, "há uma série de fatores de risco no radar, desde a elevação do teto da dívida nos EUA - que vem preocupando, com a falta de acordo com os republicanos, o que poderia resultar em default histórico - até o mercado imobiliário chinês, com empresas muito alavancadas, e não apenas a Evergrande (OTC:EGRNY)", aponta João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos, destacando o câmbio, com o dólar à vista mais perto da marca psicológica de R$ 5,50, refletindo também as incertezas domésticas sobre o fiscal.

"Inflação e juros continuam a ser fator de especulação para os investidores mundo afora, com a possibilidade de os EUA anteciparem o aumento de juros por lá. Há muito estresse nos DIs", diz Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações