Senado dos EUA votará aumento do teto da dívida, mas republicanos dizem que vão se opor

Reuters

Publicado 05.10.2021 18:59

Por David Morgan e Susan Cornwell

WASHINGTON (Reuters) - Integrantes do Partido Democrata, ao qual é filiado o presidente norte-americano, Joe Biden, planejavam uma votação na quarta-feira no Senado para suspender o teto da dívida dos EUA, estabelecendo mais um confronto com os republicanos em meio ao risco de um calote da dívida federal que teria sérias consequências econômicas.

O esforço parecia fadado ao fracasso, já que o principal republicano da Câmara, Mitch McConnell, disse nesta terça-feira que membros de seu partido bloqueariam a votação, como já fizeram duas vezes. McConnell pediu aos democratas que aumentem o teto da dívida por conta própria usando uma abordagem mais complicada que seus rivais consideram impraticável.

"Eles têm tempo para fazer isso. E quanto mais rápido começarem, melhor", disse McConnell em coletiva de imprensa.

Na ausência de uma solução clara, o Congresso provavelmente empurrará o governo dos EUA para mais perto de uma inadimplência sem precedentes e desnecessária, a qual, segundo analistas, perturbaria o sistema financeiro global, aumentaria os custos de empréstimos e eliminaria milhões de empregos.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que o governo esgotará sua capacidade de endividamento por volta de 18 de outubro se o Congresso não aumentar a permissão para endividamento, atualmente em 28,4 trilhões de dólares.

Os democratas controlam estreitamente as duas Casas do Congresso, e a Câmara dos Deputados votou na semana passada pela suspensão do teto da dívida até o fim de 2022.