Siemens Energy reduz projeção de lucro por problemas no negócio de turbinas eólicas
Reuters
Publicado 20.01.2023 09:25
Atualizado 20.01.2023 09:35
Por Christoph Steitz e Inti Landauro
FRANKFURT/MADRI (Reuters) - A Siemens Energy (ETR:ENR1n) reduziu sua previsão de lucro para 2023 depois que problemas em componentes da frota de turbinas eólicas de seu negócio Siemens Gamesa aumentaram os custos com garantia e manutenção.
Ocorreram problemas em um amplo mix de componentes, impactando uma variedade de plataformas, disse o presidente-executivo da Siemens Gamesa, Jochen Eickholt, a analistas nesta sexta-feira.
Foram afetados componentes tanto de turbinas onshore quanto offshore, disse Eickholt, que ingressou na empresa listada na Espanha vindo de sua controladora no ano passado, depois que problemas de qualidade na plataforma de aerogeradores onshore 5.X causaram uma série de alertas ao lucro.
Os vários problemas resultaram em um impacto de 472 milhões de euros (512 milhões dólares) no lucro operacional da Siemens Gamesa no primeiro trimestre, com a chefe de finanças Beatriz Puente dizendo que o impacto negativo no fluxo de caixa duraria até oito anos.
A empresa está confiante, no entanto, que tem os problemas sob controle.
A Siemens Energy, fornecedora de equipamentos para o setor de energia que foi desmembrada da Siemens AG (ETR:SIEGn) em 2020, possui 92,7% da Siemens Gamesa e pretende assumir o controle total da empresa para lidar melhor com as questões operacionais que se tornaram um empecilho ao desempenho do grupo.
"Os problemas na Gamesa não param, pesando operacionalmente sobre o grupo e sua lucratividade", disse um corretor local.
A Siemens Energy espera que seu prejuízo líquido em 2023 seja equivalente ao prejuízo de 647 milhões de euros do ano passado. Anteriormente, a expectativa era que seu prejuízo para o ano inteiro diminuísse drasticamente.
Eickholt, um veterano da Siemens, já anunciou grandes cortes de empregos e prometeu recuperar a maior fabricante mundial de turbinas eólicas offshore.
(Por Christoph Steitz e Inti Landauro)
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Escrito por: Reuters
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