Sindicato e montadoras dos EUA tentam chegar a acordo para evitar ampliação de greve

Reuters

Publicado 18.09.2023 10:06

(Reuters) - A greve do sindicato United Auto Workers (UAW) contra três grandes montadoras dos Estados Unidos entra em seu quarto dia nesta segunda-feira, enquanto os dois lados tentam chegar a um acordo para evitar interrupções dispendiosas em mais fábricas.

Os negociadores do sindicato e os representantes de General Motors (NYSE:GM), Ford (NYSE:F) e Stellantis (NYSE:STLA) vão retomar as negociações nesta segunda-feira, buscando encerrar uma das mais ambiciosas ações trabalhistas do setor industrial norte-americano em décadas, que viu o sindicato fazer greves simultâneas contra as três montadoras pela primeira vez.

A greve coordenada ocorre em um momento em que a aprovação dos sindicatos pelos norte-americanos está em seu ponto mais alto em décadas, mesmo que a filiação a eles permaneça praticamente inalterada.

Cerca de 12.700 trabalhadores do UAW estão em greve como parte de uma ação trabalhista coordenada que tem como alvo três fábricas de montagem - uma de cada montadora, depois que os acordos trabalhistas anteriores expiraram.

Analistas e executivos do setor questionam quanto tempo levará até que o UAW entre em greve em outras fábricas, em um movimento para aumentar a pressão sobre as empresas.

O presidente do UAW, Shawn Fain, disse no domingo que o progresso nas negociações tem sido lento e que o sindicato está preparado para fazer o que for necessário quando perguntado se a organização estenderá a greve nas três montadoras para outras fábricas nesta semana.

As greves interromperam a produção em três fábricas nos Estados de Michigan, Ohio e Missouri, que produzem o Ford Bronco, o Jeep Wrangler e o Chevrolet Colorado, além de outros modelos populares.