Wall St sobe após dados de inflação fracos; Nike recua

Reuters

Publicado 22.12.2023 11:44

Atualizado 22.12.2023 12:40

(Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiam nesta sexta-feira, depois que uma importante leitura da inflação foi mais fraca do que o esperado, aumentando o recente otimismo dos investidores de que o Federal Reserve pode reduzir os juros no próximo ano.

O índice de preços PCE, considerado o indicador de inflação preferido do Fed, subiu 2,6% em novembro na base anual, em comparação com as expectativas de um aumento de 2,8%, segundo economistas consultados pela Reuters.

O núcleo da inflação, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, aumentou 3,2% na base anual, ante uma alts estimada de 3,3%.

"Isso ajuda a confirmar a ideia de um corte nos juros já em março", disse David Russell, chefe global de estratégia de mercado da TradeStation.

"Esses dados nos mostram que a virada inflacionária ocorreu há algum tempo e, à medida que avançamos no futuro, os efeitos de base continuarão a se manifestar."

Outro relatório mostrou que as encomendas de bens manufaturados de longa duração nos Estados Unidos aumentaram em novembro, impulsionados pelas reservas de aviões, mas os gastos das empresas com equipamentos pareceram fracos em meio a custos de empréstimos mais altos.

Os analistas também disseram que os baixos volumes de negociação nos mercados globais antes do Natal podem afetar os movimentos dos ativos durante o dia.

Os operadores veem uma chance de 84,6% de pelo menos um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em março do próximo ano e esperam que os juros sejam menores em 125 pontos-base em setembro de 2024, de acordo com a CME FedWatch Tool.

Todos os três índices e ações estão a caminho de sua oitava semana consecutiva de ganhos em Nova York, com o S&P 500 próximo de sua mais longa sequência de ganhos semanais desde 2017, e o Nasdaq e o Dow Jones desde 2019.

A recuperação ganhou impulso na semana passada, depois que o Fed reconheceu que a inflação estava se aproximando da meta, o que fez com que os cortes nos juros ficassem "à vista".