Startup Tractian recebe aporte de US$45 mi em rodada liderada por General Catalyst

Reuters

Publicado 07.08.2023 10:20

SÃO PAULO (Reuters) - A startup de gestão industrial Tractian recebeu um aporte de 45 milhões de dólares em rodada de investimentos liderada pela firma de venture capital General Catalyst, avaliando a empresa em 205 milhões de dólares, conforme anúncio nesta segunda-feira.

Os recursos podem levar à companhia ao lucro, disse o cofundador da Tractian Igor Marinelli à Reuters.

A startup, com sede em Atlanta, Estados Unidos, foi fundada por brasileiros em 2019, e fabrica produtos para prevenção e manutenção de equipamentos industriais, tendo cerca de 500 clientes da indústria, incluindo John Deere, P&G, Goodyear e a brasileira Embraer (BVMF:EMBR3).

"Mais da metade desse investimento basicamente é para investimento em R&D (sigla em inglês para pesquisa e desenvolvimento)", disse Marinelli. Um dos focos está em produtos para monitorar variáveis como pressão e vazão nos equipamentos -- atualmente a companhia opera mais em questões mecânicas e elétricas.

Sobre o restante dos recursos, ele disse que objetivo é elevar a penetração em verticais geográficas nos EUA, com adição de funcionários à base atual de cerca de 300, e expandir em setores como mineração e militar.

Além da General Catalyst, firma conhecida por investimentos em Airbnb (NASDAQ:ABNB) e Snap (NYSE:SNAP), a Monashees foi outra a entrar na rodada, além de investidores pessoas físicas. A Next47, que já era acionista, acompanhou a operação, enquanto, em tranche secundária, o fundo de corporate venture capital da Totvs (BVMF:TOTS3) foi um dos que deixou a base acionária.

"Com essa captação a gente já chega no lucro", afirmou o executivo, prevendo que o resultado positivo possa vir até o final do ano. "A diferença vai ser se vamos tomar a decisão de não dar lucro estrategicamente para continuar investindo ou se a gente vai querer dar lucro e equilibrar as contas".

A Tractian, que tem escritórios também no México e no Brasil, onde está sua fábrica, na cidade de São Paulo, tem contratos que giram em torno de 100 mil dólares por ano cada, segundo Marinelli, embora ele não divulgue a receita total da companhia.