Temor com bancos e covid-19 contamina Ibovespa, que perde os 98 mil pontos

Estadão Conteúdo

Publicado 21.09.2020 08:04

Atualizado 21.09.2020 11:40

Temor com bancos e covid-19 contamina Ibovespa, que perde os 98 mil pontos

Alerta envolvendo bancos europeus e temores de uma nova onda pelo novo coronavírus no Velho Continente e ainda com aumento de casos pela doença nos Estados Unidos dão o tom negativo nos mercados externos nesta segunda-feira, 21. A aversão a risco internacional contamina o Ibovespa, que perdeu os 98 mil pontos (98.289,71 pontos) do fechamento de sexta-feira, quando havia caído 1,81%.

A queda praticamente é geral na B3 (SA:B3SA3), especialmente no setor financeiro, um dos principais pesos na composição do índice à vista, reforçando sua dificuldade em engatar retomada. Às 10h49, apenas CSN ON (SA:CSNA3) (2,87%) e Unit de Sulamérica (1,10%) subiam. O Ibovespa, por sua vez, cedia 1,69%, aos 96.627,31 pontos. O investidor parece ter aprovado a notícia de que a CSN anunciou atualização de negócios de mineração e autorizou IPO da unidade.

Ações de empresas ligadas ao segmento de commodities são outros fortes prejudicados. O petróleo cai na faixa de 3% no exterior, após a Líbia informar que poderá logo restaurar parte de sua oferta de petróleo, o que já empurra as cotações para o campo negativo. As ações da Petrobras (SA:PETR4) caem em torno de 2%. Além disso, o recuo no porto chinês de Qindgao, do minério, de 4,07%, a US$ 119.82 a tonelada, afeta as ações da Vale ON (SA:VALE3) (-1,88%).

Com este cenário, o Ibovespa não sustentou os 98 mil pontos, correndo o risco de acelerar a busca pelos 94 mil pontos, ou até ceder para um nível mais baixo, avalia o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira. O motivo, cita, a "contaminação por covid-19 em algumas regiões globo e ainda a denúncia de recursos ilícitos por instituições financeiras no exterior."

Os mercados repercutem relatos de que os britânicos HSBC e Standard Chartered (LON:STAN) movimentaram amplas somas de fundos ilícitos (de mais de US$ 2 trilhões) por quase duas décadas. Alegações contra os bancos na Europa também envolveriam Deutsche Bank e bancos dos EUA. Ainda, novos casos de covid-19 na Europa e aumento nas ocorrências nos Estados Unidos reforçam dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia mundial, pressionando os ativos considerados de maior risco.

Nem mesmo a suspensão da proibição dos aplicativos chineses TikTok e WeChat em lojas de aplicativos nos EUA, prevista para ontem, alivia. A disputa eleitoral norte-americana também pesa. Pesquisa realizada pelo Wall Street Journal e NBC News mostra que cerca de 51% dos eleitores registrados nos Estados Unidos votariam no ex-vice-presidente e candidato democrata à Presidência, Joe Biden, se a eleição fosse hoje, ante 43% que apoiariam o presidente Donald Trump.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

"Isso gera nervosismo, preocupação. Além do mais, essa questão dos bancos é mais um incômodo num mês que já estava sendo difícil", descreve o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

No horário citado acima, o Dow Jones caía 2,14%; Nasdaq, 1,21%; e o S&P 500, 1,78%. Na Europa, a queda máxima era do índice da Bolsa da Alemanha, de 3,25%, a mesma variação vista na de Paris.

Em tempo: além das críticas pela atuação no combate às queimadas na Amazônia, o governo federal também recebeu avaliações negativas após rápida visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima na sexta-feira (18), especialmente do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente Jair Bolsonaro, contudo, foi a favor da visita. Isso fica no radar, à medida que sugere ruídos na relação entre Bolsonaro e Maia, podendo atrapalhar a agenda de reformas.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações