UBS BB: grandes bancos devem ter alta de até 36% nos lucros no 3º trimestre

Investing.com

Publicado 08.10.2020 17:11

Atualizado 08.10.2020 17:35

Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - Uma diminuição no custo de risco e um aumento na receita de taxas de serviço devem impulsionar os lucros e o retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) dos grandes bancos brasileiros, diz o UBS em relatório distribuído nesta quinta-feira (8).

A expectativa é que o custo de risco dos bancos, que atingiu cerca de 6% em média no 2T, deva cair para 5% no terceiro trimestre - o que ainda está significativamente acima dos cerca de 3,5% registrados em 2019. Além disso, o UBS espera um aumento nos lucros por ação de 16% em relação ao trimestre anterior, o que ainda representa uma baixa de 24% contra o 3T19, e um ROAE de 14,5%, ante 13,3% no 2T20.

Além disso, o UBS acredita que uma menor posição de overhedge e a desaceleração na desvalorização do real devam melhorar a posição de capital dos bancos em cerca de 30 pontos-base no trimestre.

No entanto, o UBS prevê uma contração nas receitas líquidas de juros (NII), em uma média de -6% em relação ao trimestre anterior, causada por margens de crédito pressionadas e por uma normalização nos resultados comerciais, que foram mais fortes do que o normal para alguns dos bancos no 2T.

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Outra ameaça poderia ser a taxa de inadimplência, controlada até então por programas de alívio de crédito, que devem começar a expirar no trimestre atual. No entanto, a expectativa do UBS é que a inadimplência permaneça sob controle.

Itaú Unibanco

O Itaú (SA:ITUB4) é o preferido do UBS entre os grandes bancos brasileiros devido a sua valuation e à possível expansão de lucratividade esperada. Para o terceiro trimestre, a expectativa é de alta de 10% nos lucros em relação aos três meses anteriores. O lucro recorrente é estimado em R$ 4,7 bilhões, alta de 11% no trimestre e baixa de 35% ano a ano. Além disso, o UBS espera ROAE de 14,5%.

Os papéis do banco dispararam nesta quinta-feira, com uma forte alta de 6,04% a R$ 24,07, com mínima de R$ 22,60 e máxima de R$ 24,28, com um volume financeiro de R$ 1,49 bilhão. No ano, as ações acumulam perdas de 32,8%

Bradesco

Já para o Bradesco (SA:BBDC4), a estimativa é de alta de 17% nos lucros em relação ao 2T, para R$ 4,5 bilhões (ainda em baixa de 31% ano a ano), e de ROAE de 13,3%. O UBS vê ainda uma leve contração no negócio de seguros.

Os papéis da instituição encerram em alta de 5,14% a R$ 20,65, com mínima em R$ 19,60 e máxima de R$ 20,77, com R$ 1,33 bilhão de volume negociado. Em 2020, as perdas estão acumuladas em 36,94%.

Santander

Em relação ao Santander (SA:SANB11), a expectativa é de alta de 36% nos lucros trimestre a trimestre, a R$ 2,9 bilhões, o que ainda representa uma baixa de 22% em relação ao mesmo período de 2019. O ROAE é esperado em 15,4%.

As ações do Santander terminaram com forte ganhos de 7,9% a R$ 30,72, com mínima em R$ 28,44 e máxima de R$ 30,95, e R$ 220,4 milhões de volume negociado. No ano, os papéis tem queda acumulada de 35,05%.

BTG Pactual (SA:BPAC11)

Finalmente, para o BTG Pactual a expectativa é de um resultado mais estável, de R$ 964 milhões, baixa de 1,7% no trimestre e 11,9% ano a ano. Isso porque o UBS prevê uma contração nos produtos do banco, apesar de ver dinâmicas positivas para a gestão de ativos e patrimônio. Por fim, os investimentos na plataforma digital do banco devem continuar a elevar os custos.

Os papéis do BTG fecharam com uma alta mais tímida, de 1,24% a R$ 73,57, oscilando entre R$ 71,74 e R$73,90, com R$ 294,18 milhões de volume negociado. Mas, tem a menor queda em 2020, com perdas acumuladas de 2,56%.

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