Varejo: Os destaques positivos e negativos nos balanços trimestrais, segundo a XP

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 20.11.2023 14:59

Investing.com – Diante de um ambiente macroeconômico difícil, mesmo com o início do ciclo de cortes nas taxas de juros, a demanda ainda enfrenta obstáculos no setor de varejo. Nesse contexto, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a XP (BVMF:XPBR31) elencou os destaques dos balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano.

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Vivara (BVMF:VIVA3), Smartfit (BVMF:SMFT3), Vulcabras (BVMF:VULC3) e C&A (BVMF:CEAB3) foram as companhias que tiveram surpresas positivas, enquanto Grupo Casas Bahia (BVMF:BHIA3), Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), Carrefour (BVMF:CRFB3) e Multilaser (BVMF:MLAS3) desapontaram. A XP reforçou Vivara, Assaí (BVMF:ASAI3) e Grupo Mateus (BVMF:GMAT3) como top picks do setor.

Segundo os analistas Danniela Eiger e Gustavo Senday, com um cenário desafiador e competitivo, as empresas promoveram otimização de despesas e planos de corte de custos para defender as margens, com foco na geração de caixa e desalavancagem. “A dinâmica de vendas melhores em outubro, mas as vendas de fim de ano vão dar o tom para o quarto trimestre”, acredita a XP.

“A deflação alimentar continuou a pressionar o desempenho de SSS das varejistas alimentares, embora com uma dinâmica melhor ao longo do trimestre, enquanto as categorias de bens discricionários e duráveis continuam a ser impactadas pela renda disponível mais apertada dos consumidores, com algumas empresas abrindo mão de margens para ajustar os estoques”, detalha a XP, que aponta o desempenho das vendas como sólido para Vivara, Track &Field e Smartfit.

Por outro lado, a XP mencionou margens da Petz (BVMF:PETZ3) ainda comprometidas com promoções, ao passado que o Grupo SBF (BVMF:SBFG3) teria citado estoques altos de concorrentes.

“Além disso, o forte ritmo de aberturas/conversões e a expansão dos players asiáticos continuam a ser um obstáculo para as varejistas de alimentos e empresas de vestuário/e-commerce, respectivamente”, conclui a XP. As dinâmicas tendem a melhorar, mas a XP ainda acredita ser cedo para saber se o quarto trimestre será positivo ou negativo.

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