Vazamento de petróleo atinge Baía de Guanabara após tentativa de furto em duto

Reuters  |  Autor 

Publicado 10.12.2018 13:18

Vazamento de petróleo atinge Baía de Guanabara após tentativa de furto em duto

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um vazamento de ao menos 60 mil litros de petróleo atingiu a Baía de Guanabara no sábado, após uma tentativa de furto em oleoduto da Transpetro, subsidiária da Petrobras (SA:PETR4), informou a empresa.

A Transpetro informou nesta segunda-feira que suas equipes de emergência já recolheram cerca de 45 mil litros de óleo, do total que vazou na região do município de Magé, Baixada Fluminense. O duto já foi reparado e voltou a operar.

A companhia pontuou que um sobrevoo de helicóptero realizado na manhã desta segunda-feira "somente constatou a presença de vestígios de óleo contidos na foz e nas margens do rio Estrela, em decorrência do furto de petróleo ocorrido sábado".

"A companhia continua trabalhando nas ações de limpeza e recuperação da área atingida e instalou uma unidade de atendimento à fauna no local, com atuação de médica veterinária e especialistas em meio ambiente", disse a empresa em nota.

Pescadores que trabalham na Baía de Guanabara publicaram imagens do vazamento nas redes sociais mostrando a camada de óleo que tomou conta de parte do local.

"Foi um vazamento de grandes proporções, com impacto em manguezais, e a mancha já está chegando à Ilha de Paquetá", disse a jornalistas o analista ambiental Maurício Muniz, do Instituto Chico Mendes.

A Transpetro disse ainda que são 413 profissionais mobilizados, 24.600 metros de barreiras absorventes e de contenção, 19 caminhões, 22 embarcações de apoio, uma aeronave, três drones, dentre outros recursos.

Na véspera, a empresa disse que "ao detectar a ação criminosa, imediatamente interrompeu as operações do duto, acionou equipes de emergência e conteve o vazamento do oleoduto".

A Petrobras e a Transpetro têm sido alvos frequentes de ações criminosas de furto de óleo e derivados em suas instalações.

"A companhia esclarece que é vítima de ações criminosas de furto de óleo e derivados e colabora com as investigações das autoridades", disse a empresa, destacando que "intervenções criminosas nos dutos podem trazer riscos como vazamentos, incêndios e explosões."

A Transpetro tem contado com a colaboração de moradores vizinhos para realizar denúncias, por meio de canais de atendimento.