Veículos autônomos em rotas limitadas avançam apesar de tropeços de robotáxis nos EUA

Reuters

Publicado 13.12.2023 15:33

Por Abhirup Roy

SÃO FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - A busca por custos mais baixos e movimentação eficiente de mercadorias e pessoas está impulsionando a demanda por tecnologias de direção autônoma em caminhões e ônibus, mesmo com a batalha dos robotáxis renovando dúvidas após um acidente em outubro que envolveu um carro de unidade da General Motors (NYSE:GM). 

A Aurora e a startup Gatik estão entre as empresas que desenvolvem tecnologia de direção autônoma para veículos que operam em rotas definidas, e conseguiram evitar a ira pública que os táxis robôs enfrentam em ruas movimentadas de grandes cidades norte-americanas. Isso ajudou essas empresas a conquistarem novos grandes clientes como as redes de varejo Ikea e Walmart (NYSE:WMT), assim como governos locais.

A Gatik conquistou a rede de mercados Kroger e a fabricante de alimentos processados Tyson Foods (NYSE:TSN) como clientes este ano. A empresa opera caminhões tradicionais de médio porte equipados com tecnologia autônoma e que entregam mercadorias em rotas que evitam hospitais e escolas. 

Já a Aurora disse que está no caminho para começar a transportar cargas sem motorista entre Dallas e Houston até o final do próximo ano.

"Ainda achamos que o transporte rodoviário está prestes a ser o primeiro lançamento em escala real da tecnologia autônoma", disse Don Burnette, presidente-executivo da Kodiak Robotics, que opera caminhões autônomos de longa distância entre Houston e Oklahoma City.

Burnette disse que a Kodiak deve começar no próximo ano a usar caminhões sem os motorista de segurança que atualmente ficam ao volante em caso de necessidade.

Limitando o risco de implantação em uma cidade densamente povoada, a May Mobility, operadora de transporte sem motoristas com sede no Michigan, busca complementar ou substituir sistemas de trânsito conduzidos por humanos em uma área específica de uma cidade. A empresa já fechou acordos com as autoridades locais.

Fabricar e comercializar veículos autônomos, especialmente táxis robôs, tem sido mais difícil e mais custoso do que inicialmente se imaginava, o que tem suscitado preocupações de regulamentação, provocado ansiedade em investidores e críticas públicas. Os críticos reclamam que os robostáxis atrapalham o trânsito e colocam as pessoas em risco devido à direção errática ou paradas abruptas em meio a vias movimentadas.

O clamor se intensificou desde uma colisão em 2 de outubro, que envolveu um pedestre que foi arrastado por seis metros por um táxi robô Cruise, da GM, após ser atropelado por outro veículo. A empresa interrompeu todas as viagens, exceto um pequeno piloto, e contratou um escritório de advocacia para ajudá-la a realizar uma revisão de segurança.

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