Wall Street abre 2020 com recordes, com estímulos da China alimentando clima otimista

Reuters

Publicado 03.01.2020 07:32

Por April Joyner

NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street atingiram novos recordes na abertura do novo ano nesta quinta-feira, quando novos estímulos econômicos da China se somaram ao otimismo alimentado pelo abrandamento das tensões comerciais e pela melhoria da perspectiva global.

O Dow Jones avançou ou 1,16%, para 28.869,95 pontos, o S&P 500 cresceu 0,84%, para 3.257,95, e o Nasdaq avançou 1,33%, para 9.092,19.

O Banco Central da China informou na quarta-feira que reduziria a quantidade de dinheiro que todos os bancos devem reter como reservas, no oitavo corte desde o início de 2018. A iniciativa de injetar novos estímulos na economia chinesa impulsionou os mercados de ações em todo o mundo.

O índice de referência S&P 500 alcançou seu 11º recorde em 14 sessões e registrou o maior ganho percentual diário em três semanas. O Dow Jones registrou seu maior ganho em quase quatro semanas e o Nasdaq, o maior em quase três meses.

O estímulo econômico na China, juntamente com o alívio das tensões comerciais entre Washington e Pequim, reforçaram o otimismo de que a economia global acelerará em 2020.

"O mercado esteve em alta o dia todo por causa das notícias de que a China está com flexibilização monetária", disse Tim (SA:TIMP3) Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos do Inverness Counsel, em Nova York. "Com o acordo comercial como pano de fundo, é um fator positivo".

Entre os setores da S&P 500, os segmentos de tecnologia e industrial, ambos com alta exposição à economia chinesa, avançaram mais de 1% e lideraram em ganhos percentuais. As ações da Apple (NASDAQ:AAPL), que têm sido um indicador do sentimento comercial, terminaram valorizadas em 2,3% e ultrapassaram o valor de 300 dólares.

O longo rali em Wall Street provocou algumas preocupações de que as ações norte-americanas sejam vulneráveis ​​a uma retração, especialmente se o crescimento econômico não ganhar ritmo como esperado ou se as tensões comerciais entre Estados Unidos e China reacenderem.