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Publicado 08.06.2020 09:37
Atualizado 08.06.2020 09:52
Por Gabriel Codas
Investing.com - A XP Investimentos divulgou relatório elevando o alvo do Ibovespa para o fechamento de 2020 de 94 mil pontos para 112 mil pontos, o que representa salto de 16% em potencial. A corretora explica que tal revisão se dá pela redução do risco país do Brasil de 450bps (4,5%) para 280bps (2,8%), o que aumenta o múltiplo justo de Preço/Lucro, e por passar a utilizar somente a projeção de lucro de 2021, ao invés dos próximos 12 meses.
Assim, para os analistas isso é devido a projeção de lucros de 2020 estar muito afetada pelas quarentenas, que são passageiras. O consenso já projeta uma queda de 45% nos lucros por ação do Ibovespa em relação à 2019, com uma recuperação de +100% em 2021. Ou seja, usar como base os lucros de 2020 podem levar a um erro de avaliação, pois não serão lucros “normalizados”. Desta forma, eles acreditam que o mercado já está olhando um cenário normalizado do pós pandemia, e principalmente para 2021.
A equipe destaca que desde o documento divulgado pela corretora em 25 de maio, o Ibovespa acumula uma alta de 13% em reais, e o EWZ (em dólares) já sobe +30% no período. A conclusão naquele relatório era de os ativos brasileiros já estavam humilhados. Até ali, o desempenho era da pior Bolsa do Mundo no ano (-55% em dólares), a pior moeda do mundo no ano (-33% vs. o Dólar), e os juros futuros já se encontravam muito acima da taxa Selic (8% para os DIs longos, vs. 3% da Selic), embutindo um enorme prêmio de risco futuro pelo mercado.
Agora, a visão é que o sentimento com o estava muito negativo, por conta das grandes preocupações com o cenário político conturbado, a crise do coronavírus se agravando no país, enquanto Europa e EUA já mostravam declínio em suas curvas, e como investir em um país que a moeda perde mais de 30% de valor e não tem muito suporte do governo ou do Banco Central.
Desde então, tanto o Real brasileiro quanto a Bolsa estão entre as melhores do mundo em performance no último mês.
A XP acredita que apesar de vários riscos continuarem existindo (na economia global, riscos políticos e a crise da saúde que continua), os ativos de risco devem sim continuar se recuperando.
Isso porque enquanto a pandemia já começa a diminuir no mundo, as injeções de dinheiro por parte dos governos e bancos centrais continuarão no sistema. Já são mais de US$17 trilhões anunciados por governos em todo o mundo, o que representa 20% do PIB global.
Além das razões elencadas (sentimento e posicionamento baixos em Brasil, rotação de growth para value e menor aversão ao risco), outros fatores são importantes de mencionar, com o dólar tendo chegado a um pico e o preço das commodities em patamar mais baixos em 20 anos.
Escrito por: Investing.com
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