Modo de navegação anônima do Google não é anônimo, diz processo nos EUA

Reuters

Publicado 19.05.2022 17:37

Atualizado 19.05.2022 18:45

Por David Shepardson

WASHINGTON (Reuters) - O mecanismo de busca do Google (NASDAQ:GOOGL) segue coletando dados de usuários mesmo daqueles que utilizam a função navegação anônima de seu browser, afirmou o procurador-geral do Estado norte-americano do Texas, Ken Paxton, nesta quinta-feira. Ele apresentou um adendo a um processo aberto contra a companhia no início do ano.

Os Estados norte-americanos do Texas, Indiana, Washington e o Distrito de Columbia entraram com ações separadas contra o Google em janeiro em tribunais estaduais sobre o que chamaram de práticas enganosas de rastreamento de localização que invadem a privacidade dos usuários.

O encaminhamento de Paxton adiciona o modo de navegação anônima do Google ao processo aberto em janeiro. A navegação anônima ou “navegação privada” é uma função que Paxton disse que deveria implicar em um não rastreamento do histórico de pesquisa, atividade e localização do usuário pelo Google.

O processo diz que o Google oferece a opção de "navegação privada" que pode incluir "a visualização de sites altamente pessoais que podem indicar, por exemplo, o histórico médico e orientação política ou sexual do usuário. Ou, talvez, o usuário queira comprar um presente para alguém sem que a pessoa descubra a surpresa ao ser bombardeada por anúncios direcionados."

O processo afirma que "na realidade, o Google coleta secretamente uma série de dados pessoais, mesmo quando um usuário acionou o modo de navegação anônima".

O Google não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Em janeiro, a empresa disse que "os casos são baseados em alegações imprecisas e afirmações desatualizadas sobre nossas configurações. Sempre incluímos recursos de privacidade em nossos produtos e fornecemos controles robustos para dados de localização".