Robôs humanoides no espaço: a próxima fronteira

Reuters

Publicado 27.12.2023 15:52

Por Evan Garcia

HOUSTON/AUSTIN, Estados Unidos (Reuters) - Com 1,88 metro de altura e pesando 136 quilos, o robô humanoide da Nasa, Valkyrie, é uma figura imponente.

Valkyrie, batizada em homenagem a uma personagem feminina da mitologia nórdica e que está sendo testado no Centro Espacial Johnson em Houston, nos Estados Unidos, foi projetado para operar em “ambientes degradados ou danificados pela engenharia humana”, como áreas atingidas por desastres naturais, segundo a agência espacial norte-americana Nasa.

Mas robôs humanoides como ele também poderão um dia operar no espaço. Os engenheiros acreditam que com o software certo, os robôs dessa categoria serão eventualmente capazes de funcionar de forma semelhante aos humanos e usar as mesmas ferramentas e equipamentos.

O líder da equipe de Dexterous Robotics da Nasa, Shaun Azimi, disse que robôs humanóides no espaço podem potencialmente lidar com tarefas arriscadas, como limpar painéis solares ou inspecionar equipamentos com defeito fora da espaçonave, para que os astronautas possam priorizar exploração e descobertas.

"Não estamos tentando substituir as tripulações humanas, estamos apenas tentando tirar o trabalho chato, sujo e perigoso das mãos deles para permitir que se concentrem nas atividades de nível mais alto”, disse Azimi.

A Nasa está fazendo parceria com empresas de robótica como a Apptronik, com sede em Austin, no Estado norte-americano do Texas, para aprender como robôs humanóides desenvolvidos para fins terrestres poderiam beneficiar futuros robôs humanóides destinados ao espaço.