Atriz Salma Hayek acusa Harvey Weinstein de má conduta sexual e o chama de "monstro"

Reuters

Publicado 14.12.2017 17:39

Atriz Salma Hayek acusa Harvey Weinstein de má conduta sexual e o chama de "monstro"

Por Chris Kenning

CHICAGO (Reuters) - A atriz mexicana Salma Hayek se uniu ao coro de mulheres de Hollywood que acusaram o produtor de cinema Harvey Weinstein de má conduta sexual, classificando-o como um "mostro" em um artigo publicado pelo jornal New York Times nesta quinta-feira.

"Durante anos ele foi o meu mostro", escreveu Salma no artigo de opinião, no qual incluiu descrições de assédio sexual, truculência e ameaças.

Holly Baird, porta-voz de Weinstein, emitiu um comunicado em nome de seu cliente na noite de quarta-feira questionando o relato de Salma e qualificando as alegações de má conduta sexual feitas por ela como imprecisas.

Mais de 50 mulheres afirmaram que Weinstein as assediou ou agrediu sexualmente ao longo das últimas três décadas. Ele negou ter feito sexo não-consensual com qualquer pessoa.

A Reuters não conseguiu confirmar de maneira independente nenhuma das acusações contra o produtor.

O porta-voz de Salma não comentou de imediato na quarta-feira.

As polícias de Nova York, Los Angeles, Beverly Hills e Londres disseram estar investigando alegações de agressão sexual ou estupro contra Weinstein.

No artigo, Salma escreveu que se sentiu inspirada a compartilhar suas experiências depois que outras mulheres se pronunciaram. Seu relato se concentra em grande parte na época em que esteve envolvida com "Frida", filme de 2002 no qual interpretou a pintora e conterrânea Frida Kahlo.

Ela disse ter ficado satisfeita com a oportunidade de trabalhar com Weinstein e a Miramax, da qual ele era proprietário, porque era um "sinônimo de qualidade, sofisticação e disposição ao risco no cinema". Mas, escreveu que teve que rejeitar avanços e solicitações sexuais de Weinstein.

"Não a permitir que ele me fizesse sexo oral", exemplificou ela. "E a cada recusa vinha a fúria maquiavélica de Harvey."