Publicado 16.03.2018 18:23
Atualizado 16.03.2018 21:32
Balas usadas em assassinato de Marielle fazem parte de lote desviado da PF que já foi usado em outros crimes
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As balas usadas no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) fazem parte de um lote problemático da PF que foi desviado na década passada e já gerou uma série de crimes, disse à Reuters uma fonte próxima às investigações do assassinato da parlamentar.
Segundo a fonte, que falou sob a condição de anonimato, já foram registrados nos últimos anos mais de 50 delitos com o mesmo lote de munição que foi usada para a execução da vereadora.
"Esse lote de munições já tem mais de 50 ocorrências registradas na PF", disse a fonte. "Foram os mais diversos e diferentes delitos com essas munições", acrescentou.
O lote foi comprado pela PF em 2006 e munições foram desviados.
"Esse lote foi desviado ou roubado lá atrás", frisou a fonte ao destacar que mortes, assassinatos e chacinas já foram investigadas Brasil a fora com essa munição.
Mais cedo, a PF informou, em comunicado, que abriu inquérito para apurar a origem da munição usada no assassinato de Marielle e de seu motorista, assim como as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime.
Uma segunda fonte próxima a investigação revelou à Reuters que as investigações estão adiantadas.
"Não vai demorar a solução do caso. Não se deve esperar 60 dias para se concluir. Já se tem as cápsulas, identificação do carro clonado usado na ação e o carro original", disse a fonte. "O que se tenta agora é encontrar a motivação para o crime."
As investigações apontam que os autores do crime seriam policiais dada a sofisticação do crime e a precisão dos tiros.
"Tudo indica que foram policiais; temos que descobrir o motivo, mas não tinha contra ela nenhuma ameaça ou coisa do gênero", frisou a fonte.
A PF está ajudando a polícia do Rio na apuração o que facilita e agiliza as investigações.
"Alguém disse que o local do crime foi escolhido a dedo, mas esqueceram de dizer que o trajeto usado da Lapa até o Estácio (SA:ESTC3) tem muita câmera que está sendo usado na investigação" concluiu a fonte.
Marielle, de 38 anos, e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos na noite de quarta-feira no Rio quando pessoas em um veículo emparelharam com o carro da vereadora e atiraram, atingindo a parlamentar com quatro tiros na cabeça.
Os criminosos não levaram nada no local. A motivação do crime está sendo investigada pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio, inclusive a hipótese de execução.
Uma assessora que estava com Marielle sobreviveu ao ataque, sofrendo ferimentos por estilhaços.
O assassinato, que ocorreu em meio à intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, levou a uma onda de protestos em várias cidades do país na quinta-feira.
Autoridades do governo do presidente Michel Temer lamentaram o crime, mas afirmaram que o caso não coloca em xeque a intervenção federal na segurança pública fluminense.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)
Escrito por: Reuters
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