Biden consolida vitória com triunfo no Arizona, e Trump mantém transição no limbo

Reuters

Publicado 13.11.2020 09:12

Por Joseph Ax

(Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, consolidou sua vitória eleitoral conquistando o Estado crucial do Arizona na noite de quinta-feira, mas a transição de seu governo continua em um limbo político porque o presidente, Donald Trump, se recusa a aceitar a derrota.

Projeções mostraram Biden vencendo no Arizona depois de mais de uma semana de contagem de votos, disse a consultoria Edison Research. Ele se tornou somente o segundo candidato presidencial democrata em sete décadas a vencer no Estado tradicionalmente republicano.

O triunfo de Biden no Arizona dá ao democrata 290 votos no Colégio Eleitoral, que determina o vencedor – mais do que os 270 necessários. Biden também está vencendo a votação popular por mais de 5,3 milhões de votos, ou 3,4 pontos percentuais.

Faltando poucos Estados que ainda contam votos, a matemática eleitoral é desalentadora para Trump, que alega sem provas que a eleição foi maculada por uma fraude generalizada.

Para anular a vantagem de Biden, o republicano Trump teria que superar sua dianteira em ao menos três dos Estados-chave.

A equipe de Trump iniciou ações civis que contestam a contagem de votos em vários Estados, mas algumas já foram descartadas pelos juízes. Especialistas legais disseram que o litígio tem pouca chance de alterar o desfecho, e autoridades eleitorais estaduais disseram não ter visto indícios de irregularidades graves ou fraude.

A recusa de Trump de aceitar o resultado da eleição de 3 de novembro travou o processo de transição para um novo governo. A agência federal que normalmente liberaria fundos para um presidente eleito, a Administração de Serviços Gerais, ainda não reconheceu Biden como o vencedor.

Seu escolhido como chefe de gabinete, Ron Klain, disse ao canal MSNBC na quinta-feira que receber os fundos de transição é importante, dado que o governo dos EUA lançará uma campanha de vacinação contra o coronavírus no início do ano que vem.

"Quanto mais cedo conseguirmos colocar nossos especialistas em transição em reuniões com o pessoal que está planejando a campanha de vacinação, mais suave pode ser uma transição de uma presidência Trump para uma presidência Biden", explicou Klain.