Chefe de direitos humanos da ONU repudia prisões na China e abusos em Xinjiang

Reuters

Publicado 26.02.2021 14:37

Por Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) - A chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, disse nesta sexta-feira que a China está restringindo liberdades civis e políticas básicas em nome da segurança nacional e de medidas da Covid-19, engrossando um coro de críticas ao histórico de direitos humanos do país.

"Ativistas, advogados e defensores dos direitos humanos --além de alguns cidadãos estrangeiros-- enfrentam acusações criminais arbitrárias, detenção ou julgamentos injustos", disse Bachelet ao Conselho de Direitos Humanos.

Em Hong Kong, mais de 600 pessoas estão sendo investigadas por participar de protestos, algumas enquadradas na nova lei de segurança nacional imposta pela China continental à ex-colônia britânica, disse ela.

A secretária de Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng, disse ao fórum de Genebra que, desde que a lei foi adotada, os tumultos civis diminuíram e os moradores podem desfrutar de sua liberdades legais.

Referindo-se à região chinesa de Xinjiang, Bachelet disse que, dados os relatos de detenções arbitrárias, maus tratos, violência sexual e trabalho forçado, existe a necessidade de uma avaliação minuciosa e independente da situação.