Grupo guerrilheiro ELN admite ataque contra academia de polícia na Colômbia; insiste em diálogo

Reuters  |  Autor 

Publicado 21.01.2019 12:06

Grupo guerrilheiro ELN admite ataque contra academia de polícia na Colômbia; insiste em diálogo

BOGOTÁ (Reuters) - O grupo guerrilheiro colombiano Exército da Libertação Nacional (ELN) admitiu nesta segunda-feira ser responsável por um ataque com carro-bomba contra uma academia de polícia que deixou 21 mortos em Bogotá, afirmando que o ato foi “lícito” e insistindo em uma negociação política para encerrar o conflito armado.

O ataque de quinta-feira contra a Escola de Cadetes General Francisco de Paula Santander (SA:SANB11), um centro de formação de oficiais da Polícia Nacional, foi cometido por um carro carregado com 80 kg de explosivos. Durante o ataque, morreram o motorista do veículo, que pertencia ao ELN, e 20 cadetes.

“A Escola de Cadetes da Polícia Nacional é uma instalação militar, lá recebem instrução e treinamento os oficiais que então realizam inteligência de combate, conduzem operações militares, participam ativamente da guerra contrainsurgente e tratam como guerra o protesto social”, disse o grupo rebelde em seu site.

“Portanto, a operação realizada contra tais instalações e tropas é lícita dentro do direito da guerra, não houve nenhuma vítima não combatente”, acrescentou.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, já havia acusado o ELN de conduzir o ataque, o pior do tipo em 15 anos, e pedido que Cuba capturasse 10 líderes do grupo que se encontram em Havana para extraditá-los à Colômbia.