Homem da Flórida é condenado a 8 meses de prisão por ataque ao Capitólio dos EUA

Reuters

Publicado 19.07.2021 21:01

Por Mark Hosenball

WASHINGTON (Reuters) - Um juiz federal dos Estados Unidos sentenciou Paul Hodgkins, um homem do Estado da Flórida, a oito meses de prisão por participação no ataque de 6 de janeiro ao Capitólio em Washington, tornando-o a primeira pessoa entre mais de 500 acusadas a ser condenada à prisão pelo violento ataque.

Hodgkins, de 38 anos, se declarou culpado no dia 2 de junho em uma acusação de obstrução de um procedimento oficial, já que o Congresso estava em sessão para certificar formalmente a eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o prédio.

Procuradores haviam solicitado ao juiz distrital Randolph Moss a imposição de uma sentença de 18 meses na prisão. O advogado de Hodgkins, Patrick Leduc, fez um apelo para que seu cliente não fosse condenado à prisão.

Durante a audiência de sentença, Hodgkins disse a Moss que está "arrependido" de suas ações e reconheceu que sua conduta pode ter encorajado outros a participarem de atos destrutivos.

"Foi uma decisão tola de minha parte e eu assumo a total responsabilidade por ela", acrescentou Hodgkins, que é morador da cidade de Tampa e trabalha como operador de guindastes para uma companhia siderúrgica.

Até agora, 17 pessoas se declararam culpadas em acusações relacionadas ao incidente, afirmou uma autoridade norte-americana.

A procuradora Mona Sedky disse ao juiz que Hodgkins vestiu óculos de proteção antes de adentrar o plenário do Senado durante a invasão e "posou orgulhosamente para fotos", que foram compartilhadas com amigos. Sedky reconheceu que Hodgkins não destruiu propriedade do governo e "não feriu ninguém".

Moss concordou que Hodgkins não havia sido violento, não ameaçou ninguém e não organizou o ataque ao Capitólio. Mas o juiz disse que Hodgkins foi ao Capitólio "para impedir a certificação da eleição, e ele admitiu isso".