Índia diz que mentor de ataque na Caxemira morreu em confronto

Reuters

Publicado 18.02.2019 12:32

Índia diz que mentor de ataque na Caxemira morreu em confronto

Por Fayaz Bukhari

SRINAGAR, Índia (Reuters) - Forças da Índia mataram três militantes nesta segunda-feira, inclusive o suposto organizador de um ataque a bomba suicida na região disputada da Caxemira que alimentou a tensão entre a Índia e o Paquistão, ambos detentores de armas nucleares, e matou cinco soldados, disse a polícia.

O atentado suicida contra um comboio de polícia paramilitar na Caxemira controlada pela Índia, na última quinta-feira, matou ao menos 40 homens, o ataque isolado mais mortífero contra forças indianas em 30 anos de insurgência na região de maioria muçulmana.

Sediado no Paquistão, o grupo militante Jaish-e-Mohammad (JeM) assumiu a autoria da ação. A Índia acusa o Paquistão de abrigar o grupo, o que o país nega.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que terá que enfrentar uma eleição até maio, sofre pressão em casa para adotar uma ação decisiva contra o país vizinho.

Modi prometeu uma reação forte e diz que deu liberdade para os militares lidarem com a militância na fronteira.

Os três militantes mortos no confronto desta segunda-feira eram todos cidadãos paquistaneses e membros do JeM, disseram duas fontes de segurança.

"O embate ainda está em progresso, e as forças de segurança estão atuando", disse a polícia em um comunicado.

Mas o confronto de 17 horas custou caro para os serviços de segurança da Índia.

Quatro soldados e um policial indianos morreram, e nove ficaram feridos, incluindo um brigadeiro, um dos escalões mais altos do Exército, e um vice-inspetor-geral da polícia.

Um civil também foi morto.