Interferência de premiê do Japão em comissão científica é "caminho perigoso", dizem especialistas

Reuters

Publicado 23.10.2020 14:47

Por Rocky Swift

TÓQUIO (Reuters) - Especialista excluídos do principal órgão de aconselhamento científico do Japão disseram que a medida é inconstitucional e um sinal perigoso de como o novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, exercerá o poder.

Suga rompeu com um precedente ao rejeitar a filiação de seis estudiosos ao Conselho de Ciência do Japão (SCJ), entidade criada após a Segunda Guerra Mundial para fornecer conselhos científicos independentes para a formulação de políticas.

Os acadêmicos esnobados criticaram políticas de governo, incluindo leis de 2015 que permitem que tropas do país combatam no exterior. Entre os seis estavam especialistas legais e constitucionais que disseram que a medida de Suga é ilegal e que pode desencadear inquéritos parlamentares e criminais.

Um deles, Takaaki Matsumiya, professor de Direito da Universidade Ritsumeikan, disse aos repórteres nesta sexta-feira que Suga está agindo "como um ditador".