Manifestantes pró-palestinos planejam sêders em Nova York e outras cidades, enquanto campus universitários fervilham

Reuters

Publicado 23.04.2024 18:06

Por Kanishka Singh

(Reuters) - Manifestantes pró-palestinos planejam correr o risco de serem presos nesta terça-feira fechando uma rua no Brooklyn onde o líder da maioria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, reside, disse uma coalizão de grupos judaicos que se opõem às ações de Israel em Gaza.

O protesto, planejado para a segunda noite do feriado judaico do Pessach, que dura uma semana, é um de dezenas que serão realizados em cidades ao redor do país, incluindo Portland, Oregon e Seattle.

Houve uma série de grandes protestos em campus universitários da Califórnia a Massachusetts ao longo da última semana. Em muitos dos campus, os manifestantes armaram acampamentos não autorizados para pressionar pelas suas reivindicações.

No Brooklyn nesta terça-feira, os manifestantes realizarão um sêder do Pessach, uma refeição e um serviço ritual do feriado, e pedirão que Schumer, o judeu-americano eleito de mais alto escalão, apoie que os EUA pare de fornecer armas para a guerra de Israel em Gaza, disseram os organizadores em um comunicado.

“Centenas correrão o risco de prisão para exigir que o senador Schumer, que recentemente fez críticas duras contra Netanyahu, tome o próximo passo e pare de armar Israel”, afirmou o comunicado, referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Desde sexta-feira, centenas de estudantes e outras pessoas foram presas nas universidades de Columbia, Yale e Nova York. Críticos, incluindo importantes membros republicanos do Congresso, intensificaram acusações de antissemitismo e assédio contra pelo menos alguns dos manifestantes.

Nesta terça-feira, a Casa Branca disse que está monitorando a situação nos campus universitários de perto e afirmou que as pessoas têm o direito de protestar em público, mas não de intimidar fisicamente ou defender violência, citando certa “retórica alarmante”.

“Quando virmos comentários revoltantes e perigosamente antissemitas, vamos nos manifestar contra isso, em termos muito claros”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, a repórteres a bordo do Air Force One, enquanto o presidente Joe Biden viajava à Flórida.

Bates disse que o Departamento de Educação tem um “papel fundamental a desempenhar” para lidar com os protestos antissemitas.

A Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, cancelou aulas presenciais na segunda-feira para tentar aliviar as tensões no campus e preocupada que estudantes judeus fossem alvo de assédios. Nesta terça-feira, a universidade disse que as aulas para o resto do ano serão híbridas - com os alunos podendo assisti-las online ou pessoalmente.