Número de mortos em protestos na Colômbia aumenta; ONU e UE pedem calma

Reuters

Publicado 04.05.2021 19:43

Atualizado 04.05.2021 20:12

Por Oliver Griffin e Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - A Organização das Nações Unidas e a União Europeia pediram calma nesta terça-feira e alertaram sobre o uso de força excessiva em meio a novos protestos contra o governo do presidente colombiano, Iván Duque, enquanto autoridades locais de Cali, epicentro dos atos, relataram mais cinco mortes e 33 feridos.

Os protestos - originalmente convocados em oposição a uma reforma tributária agora cancelada - se tornaram um amplo grito por ação contra a pobreza e o que os manifestantes e alguns grupos de defesa dizem ser violência policial.

A cidade de Cali, no oeste do país, é o foco dos protestos desde o início há quase uma semana e o local de 11 das 19 mortes confirmadas pelo ombudsman de direitos humanos do país andino na segunda-feira.

A polícia nacional disse que investigará mais de duas dezenas de acusações de brutalidade, enquanto o ministro da Defesa alegou que grupos armados ilegais estão se infiltrando nos protestos para causar violência.

"Preliminarmente, o que sabemos é que cinco pessoas morreram (e ...) 33 ficaram feridas", disse Carlos Rojas, secretário de Segurança de Cali, a jornalistas na terça-feira, referindo-se à noite anterior.

Cerca de 87 pessoas foram declaradas desaparecidas em todo o país desde o início dos protestos, de acordo com o ombudsman dos direitos humanos.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu calma e alertou sobre tiroteios policiais.