Obama e Bill Clinton se juntarão a Biden em evento com artistas para arrecadar US$25 mi

Reuters

Publicado 28.03.2024 10:16

Por Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Joe Biden, receberá um apoio dos antecessores democratas Barack Obama e Bill Clinton, nesta quinta-feira, em um evento de arrecadação de fundos em Nova York, programado para arrecadar mais de 25 milhões de dólares e dar mais força à campanha de reeleição de Biden em 2024.

Biden e os dois ex-presidentes participarão de uma discussão moderada pelo apresentador do "The Late Show", Stephen Colbert, no Radio City Music Hall, diante de milhares de convidados, no que a campanha de reeleição de Biden disse que seria a arrecadação política de recursos mais bem-sucedida da história.

Os músicos Queen Latifah, Lizzo, Ben Platt, Cynthia Erivo e Lea Michele estão programados para se apresentar, e alguns participantes com altos rendimentos terão suas fotos com os três tiradas pela famosa fotógrafa Annie Leibovitz.

Biden, de 81 anos, tem enfrentado preocupações quanto à sua idade e aptidão para um segundo mandato de quatro anos. Pesquisas recentes da Reuters/Ipsos mostram seu índice de aprovação em 40% e uma disputa acirrada com o desafiante republicano Donald Trump, que tem 77 anos, antes da eleição de 5 de novembro.

Os ingressos para o evento de quinta-feira custam entre 250 e 500.000 dólares, de acordo com um democrata familiarizado com o evento. Mais de 5.000 pessoas são esperadas. O evento não será televisionado, mas a campanha planeja publicar conteúdo dele nas mídias sociais. Doadores de pequenas quantias podem pagar 25 dólares para participar de um evento virtual com os três políticos.

Biden visitou todos os principais Estados acirrados desde o inflamado discurso sobre o Estado da União no início deste mês, mas na maioria das vezes falou para plateias muito menores, parte de uma estratégia deliberada para enfatizar as interações com os norte-americanos comuns. A vice-presidente Kamala Harris também tem atravessado o país.

A demonstração de apoio de Obama, que ainda é extremamente popular entre os democratas, pode aumentar o entusiasmo de alguns eleitores jovens e outros progressistas que votaram em Biden em 2020, mas estão furiosos com seu apoio firme a Israel em resposta aos ataques do Hamas em 7 de outubro.

"Os números não mentem: o evento de hoje é uma enorme demonstração de força e um verdadeiro reflexo do impulso para reeleger a chapa Biden-Harris", disse o copresidente da campanha Jeffrey Katzenberg em um comunicado.