PESQUISA-Maioria apertada nos EUA quer que Senado condene Trump

Reuters

Publicado 22.01.2021 20:42

Por Chris Kahn

(Reuters) - Uma pequena maioria dos norte-americanos defende que o ex-presidente Donald Trump seja condenado pelo Senado e impedido de ocupar cargos públicos, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos, que mostrou uma forte divisão partidária sobre o assunto.

A pesquisa de opinião pública nacional, conduzida na quarta e quinta-feira, revelou que 51% dos norte-americanos acreditam que Trump deveria ser considerado culpado por incitar a invasão mortal ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro. Seu julgamento no Senado está previsto para começar na semana de 8 de fevereiro, segundo declaração do líder da Maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer.

Outros 37% disseram que Trump não deveria ser condenado e os 12% restantes não tinham uma posição firme.

Quando questionados sobre o futuro político do ex-presidente republicano, 55% afirmaram que Trump não deveria ter permissão para exercer cargo eletivo novamente, enquanto 34% disseram que ele deveria ter permissão para fazê-lo e 11% não tinham uma posição definida.

Se o Senado votar para condenar Trump, será necessário realizar uma segunda votação sobre impedi-lo de ocupar cargos novamente.

As respostas foram quase inteiramente divididas pelas linhas partidárias. Enquanto 9 em cada 10 democratas dizem que Trump deveria ser condenado e impedido de ocupar cargo novamente, menos de 2 em cada 10 republicanos concordaram, mostrou a pesquisa.

Segundo o levantamento, 55% dos norte-americanos aprovam o presidente Joe Biden, que assumiu o cargo na quarta-feira. Em comparação, 43% aprovavam Trump durante sua primeira semana de mandato em 2017, e o nível de aprovação de Trump nunca subiu acima de 50% nas pesquisas semanais realizadas ao longo de seu mandato de quatro anos.

A Câmara dos Deputados dos EUA, que aprovou impeachment de Trump pela segunda vez no início deste mês, deve enviar ao Senado o artigo de impeachment na segunda-feira, acusando-o de "incitamento de insurreição". Trump, o único presidente dos EUA a sofrer impeachment duas vezes, também será o primeiro ex-presidente a enfrentar um julgamento de impeachment no Senado após deixar o cargo.