Procurador venezuelano ordena prisão para diretores "ad hoc" do BC indicados por Guaidó

Reuters

Publicado 03.07.2020 20:28

CARACAS (Reuters) - O procurador-geral da Venezuela anunciou nesta sexta-feira mandados de prisão para membros do conselho "ad hoc" de diretores do Banco Central apontados pelo líder de oposição Juan Guaidó, por diversos crimes, entre eles traição. 

O anúncio vindo do procurador-geral Tarek Saab acontece um dia após um tribunal em Londres reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela em uma disputa legal sobre se Guaidó ou o presidente Nicolás Maduro tem o controle de 1 bilhão de dólares em ouro do país estocado em Londres. 

Saab diz que as ordens de detenção foram requisitadas pelos crimes de traição, usurpação de funções e associação para cometer crimes. Ele acrescenta que todos os envolvidos moram fora do país e não descartou ações internacionais para conduzir as prisões.

Além de Ricardo Villasmil, presidente do conselho "ad hoc", o procurador também incluiu a representante de Guaidó em Londres, Vanessa Neumann, assim como três outros colaboradores do líder de oposição. 

Saab acusa Guaidó e seus colaboradores de buscarem "despir" a Venezuela de sua riqueza na batalha legal pelas reservas de ouro do país. A oposição, enquanto isso, diz que Maduro quer o ouro para pagar seus aliados.