Séries de TV voltam ao ar mesmo após saída de protagonistas por escândalos ou morte

Reuters

Publicado 22.06.2018 11:46

Séries de TV voltam ao ar mesmo após saída de protagonistas por escândalos ou morte

Por Jill Serjeant

LOS ANGELES (Reuters) - O personagem de Charlie Sheen em "Two and a Half Men" foi atropelado por um ônibus e enterrado em um grande funeral. Corey Monteith, ator de "Glee", morreu na vida real e ganhou um episódio em sua homenagem. E "House of Cards" voltará sem Kevin Spacey, abalado por um escândalo sexual, colocando sua esposa fictícia no centro da trama.

Seja devido a mortes, reformulações ou atritos, séries de televisão sabem se adaptar à perda de protagonistas e seguir em frente sem eles.

O anúncio de quinta-feira da rede ABC de que encomendou uma série derivada do programa de comédia cancelado "Roseanne" sem a estrela Roseanne Barr é o mais recente de um longo histórico de mudanças de direção súbitas na TV.

A ABC não disse como lidará com a personagem de Roseanne no novo seriado, "The Conners", mas em outras ocasiões o público teve poucos problemas em aceitar mudanças repentinas ou dramáticas em séries.

"Se você perde um protagonista, ou alguém sai, ou surge uma polêmica e a solução mostra que o programa continua divertido e cativante, a maioria das pessoas esquece muito rápido", disse Robert Thompson, professor de cultura pop da Universidade de Syracuse.

"As pessoas aceitam completamente --se o programa for bom".

Em alguns casos atores decidem sair, ou são demitidos devido a escândalos ou desavenças. Outras vezes eles morrem na vida real, ou seus personagens são retirados de séries de longa duração para criar tensões dramáticas.

Se tiverem sorte, são despachados ficticiamente para uma cidade distante ou para um novo emprego, como aconteceu na saída de George Clooney da série "ER" em 1999, quando o ator quis investir em sua carreira no cinema.