- O Federal Reserve encerrará sua reunião de política monetária na tarde de hoje.
- Crescem as preocupações de que o banco central americano eleve os juros de forma mais agressiva, provocando uma recessão.
- Os investidores que buscam retornos mais atraentes podem colocar no radar as empresas Hess, Kellogg e AT&T
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- Desempenho no acumulado do ano: +62,2%
- Capitalização de Mercado US$ 37,1 bilhões
- Desempenho no acumulado do ano: +6,1%
- Capitalização de Mercado US$ 23,1 bilhões
- Desempenho no acumulado do ano: +4,7%
- Capitalização de Mercado US$ 139,2 bilhões
Nos últimos dias, os participantes do mercado elevaram drasticamente suas apostas de que o Federal Reserve aumentará os juros de forma ainda mais agressiva do que o esperado, a fim de conter a disparada da inflação.
A ferramenta de monitoramento de juros do Fed apontava que o banco central dos EUA subiria sua taxa em 50 pontos-base (pb) na reunião de política monetária de junho, mas agora mostra uma probabilidade de 90% de uma alta de 75 pb. Se confirmada, essa seria a maior elevação de juros pelo Fed desde 1994.
As apostas de um aperto mais agressivo ocorrem após uma surpresa com os dados de inflação em maio, divulgados na semana passada, os quais emitiram ondas de choque por todo o mercado acionário.
O índice S&P 500 acumula queda de 22% desde o fechamento recorde de 3 de janeiro, ultrapassando a marca de 20% de correção usada para definir um “bear market” (mercado de baixa).
Nesse meio-tempo, o índice Nasdaq Composite, com maior peso de tecnologia, acabou entrando em “bear market” mais cedo neste e agora está cerca de 33% abaixo do seu nível recorde de 19 de novembro, enquanto o Dow Jones está quase 18% distante da sua máxima.
Levando isso em consideração, destacamos três ações vencedoras até agora no ano e que devem continuar se destacando nas próximas semanas e meses, enquanto os investidores se preparam para um aumento agressivo dos juros nos EUA e uma possível recessão.
1. Hess Corporation
A Hess Corporation (NYSE:HES) é uma das empresas líderes em energia nos EUA. Sua atividade principal envolve exploração, produção e transporte de petróleo, gás natural e líquidos de gás natural.
Seus principais ativos estão majoritariamente localizados nos campos de xisto de Bakken, na região da bacia de Williston, Dakota do Norte. A companhia também tem operações de exploração e produção no Golfo do México, Líbia, Canadá, América do Sul e Sudeste Asiático.
Sediada em Nova York, a empresa vem se destacando na alta do setor de energia neste ano, graças aos preços mais altos do petróleo e do gás.
As ações da HES, que acumulam alta de quase 62% em 2022, subiram para US$ 131,43 em 8 de junho, nível que não era visto desde maio de 2008. No pregão de ontem, elas fecharam cotadas a US$ 120,07. No atual patamar, a empresa de energia tem uma capitalização de mercado de US$ 37,1 bilhões.
Apesar dos extraordinários retornos no acumulado do ano, a Hess continua sendo uma das melhores ações para se proteger de problemas maiores no mercado, graças aos seus esforços contínuos de retornar mais caixa aos investidores na forma de dividendos maiores e recompras de ações.
A produtora de petróleo e gás elevou recentemente seu dividendo trimestral em 50% para US$ 0,375 por ação. Isso representa um dividendo anualizado de US$ 1,50 e um retorno de cerca de 1,23%.
A Hess deve continuar se beneficiando das suas excelentes operações globais, ao mesmo tempo em que tira vantagem da forte cotação do petróleo, que ajudará a impulsionar suas vendas e lucro.
Não é de surpreender que, em uma pesquisa conduzida pelo Investing.com com 23 analistas, 15 tenham recomendado compra na HES, 8 tenham permanecido neutros e nenhum tenha recomendado venda. Entre os pesquisados, a ação tinha um potencial de alta de 14%, com um preço-alvo médio de 12 meses de US$ 136,43.
Fonte: Investing.com
De acordo com diversos modelos de valuation do InvestingPro+, como múltiplos P/L e P/V, ou valores terminais, o valor justo médio da ação da HES era de US$ 130,55, um potencial de alta de 8,7% em relação ao atual valor do mercado.
Fonte: InvestingPro+
2. Kellogg
Como uma das maiores fabricantes de alimentos do mundo, a Kellogg (SA:K1EL34)(NYSE:K) é mais conhecida por seus biscoitos, batatas chips e produtos assados, além de alimentos de conveniência, como cereais e waffles congelados.
Entre as suas marcas mais conhecidas, comercializadas em mais de 180 países, estão: Pringles, Frosted Flakes, Froot Loops, Rice Krispies, Pop-Tarts e Cheez-Its. Seu portfólio inclui ainda marcas de alimentos congelados, como Eggo e Morningstar Farms.
Em nossa visão, as ações da empresa sediada em Battle Creek, Michigan, estão bem posicionadas para estender sua trajetória de alta nas próximas semanas, com os investidores privilegiando setores mais defensivos do segmento de produtos básicos de consumo, em meio à atual turbulência do mercado.
No acumulado do ano, as ações da Kellogg se valorizaram 6,1%, superando facilmente os retornos comparáveis do mercado mais amplo, bem como o de nomes de destaque no mercado de alimentos embalados, como Kraft Heinz (SA:KHCB34) (NASDAQ:KHC), General Mills (SA:G1MI34) (NYSE:GIS), Hormel Foods (SA:H1RL34) (NYSE:HRL) e Conagra Brands (SA:C1AG34) (NYSE:CAG).
A K atingiu seu nível mais alto desde fevereiro de 2017 no mês passado e fechou a US$ 68,34 ontem, o que lhe concede um valor de mercado de US$ 23,1 bilhões.
O valuation relativamente baixo da Kellogg, aliado aos seus esforços atuais de retornar mais capital para os acionistas, faz com que suas ações se tornem ainda mais atraentes para investidores que desejam se proteger da volatilidade criada pelo Federal Reserve.
Com um índice P/L razoável de 15,2, a K é negociada com um significativo desconto em relação aos principais concorrentes, que, coletivamente, têm um índice P/L de 22,2.
A gigante do setor de alimentos embalados também é uma pagadora de dividendos de qualidade. A K distribui a cada trimestre US$ 0,58 por ação atualmente, o que se traduz em um dividendo anualizado de US$ 2,32 e um retorno de 3,32%, um dos maiores do setor.
De fato, o valor justo médio para as ações da K é de US$ 82,69, de acordo com diversos modelos de valuation do InvestingPro, representando um potencial de alta de 21% em relação ao seu valor atual de mercado.
Fonte: InvestingPro+
3. AT&T
A AT&T (SA:ATTB34) (NYSE:T) é a maior empresa de telecomunicações do mundo e a fornecedora líder de serviços de telefonia móvel nos EUA. A empresa tomou medidas drásticas nos últimos 12 meses para retornar às suas raízes no setor de telecom, fazendo a transição de um conglomerado de mídia em dificuldades para uma organização mais enxuta, com um balanço equilibrado.
A gigante sediada em Dallas, Texas, segregou seus negócios de TV via satélite sob a marca da DirecTV, no ano passado, e vendeu sua unidade de entretenimento Warner Media em abril, fazendo uma fusão com a Discovery para formar uma nova empresa de capital aberto, a Warner Bros. Discovery (NASDAQ:WBD).
Agora sob nova direção, a AT&T está reforçando seus esforços nos mercados de banda larga doméstica e sem fio nos EUA, oferecendo uma variedade de serviços de fibra óptica e 5G.
As ações da AT&T acumulam alta de cerca de 5% no ano. Ontem, seus papéis fecharam a US$ 19,45, não tão distantes do pico de 10 meses a US$ 21,53 alcançado em 26 de maio. Nos níveis atuais, a empresa tem uma capitalização de mercado de US$ 139,2 bilhões.
Apesar de ter cortado sua distribuição de dividendos após a revisão do seu portfólio de mídia e telecomunicações, a AT&T ainda é uma das 10 ações de maior rendimento no S&P 500.
A operadora de telefonia sem fio atualmente oferece um dividendo trimestral de US$ 0,2775 por ação, o que implica um pagamento anualizado de US$ 1,11 por ação e um rendimento de 5,67%, mais do que o triplo do retorno implícito do S&P 500, que é de 1,55%.
Além disso, com um índice P/L de 8,2, as ações da AT&T são oferecidas por um desconto em comparação com concorrentes de destaque no setor de telecomunicações, como Verizon (SA:VERZ34) (NYSE:VZ) e T-Mobile (SA:T1MU34) (NASDAQ:TMUS), que possuem um múltiplo de 9,7 e 55,7, respectivamente.
De fato, 11 de 28 analistas pesquisados pelo Investing.com recomendam compra na AT&T, quanto 14 mantêm a neutralidade. Apenas 3 de 28 analistas recomendam venda na ação.
O preço-alvo médio dos analistas para as ações da T gira em torno de US$ 24,00, o que representa um potencial de alta de aproximadamente 23% em relação aos níveis atuais nos próximos 12 meses.
Fonte: Investing.com
Da mesma forma, os modelos quantitativos do InvestingPro+ apontam para uma valorização de quase 30% nas ações da T em relação aos níveis atuais nos próximos 12 meses, fazendo com que seus papéis se aproximem do seu valor justo projetado de US$ 25,30.
Fonte: InvestingPro+
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