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3 Lições que Podemos Aprender com Warren Buffett na sua Carta Anual

Publicado 17.03.2017, 09:28
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Warren Buffett divulgou sua carta anual aos acionistas enquanto curtíamos o carnaval no Brasil. No mundo dos investimentos, as cartas são uma espécie de evangelho para muitos investidores. A Carta Anual da Berkshire Hathway é o meio pelo qual o Oráculo de Omaha se comunica com o mundo e seus milhares de acionistas.

Lá é possível, aos investidores (ou se você preferir: discípulos) entender sua estratégia de investimentos, suas ideias sobre o mundo corporativo, e como de praxe Buffett sempre levantará algumas ‘bandeiras vermelhas’ sobre temas polêmicos da vida corporativa americana, e que na sua visão podem e devem ser aperfeiçoados.

Berkshire Hathaway : E os dividendos nunca pagos

A primeira lição que você descobre ao ler os relatórios da Berkshire Hathway é que ela nunca pagou um dividendo sequer desde que Buffett assumiu a empresa há 52 anos atrás! Mesmo depois de meio século, Buffett se autoconsidera uma ‘máquina eficiente’ na alocação de recursos. No trecho do relatório Buffett enfatiza que: optamos por reter todos os lucros.

Berkshire Hathaway : E os dividendos nunca pagos

Você deve estar se perguntando: os acionistas da empresa vivem de que? Resposta: vivem da valorização das ações. Simples assim. A lógica é que, ele sempre encontrará oportunidades com elevado upside no mercado de investimentos, assim o retorno será muito maior do que simplesmente distribuí-los aos milhares de acionistas da Berkshire como dividendos.

E de que tipo de oportunidades estamos falando? Um exemplo concreto e recente foi a tentativa de quase fusão com a Unilever (LON:ULVR) em parceria com 3G, firma de private equity de Lemann. Uma transação que seria de mais de US$ 140 bilhões. São operações como esta que justificam a retenção dos dividendos pela Berkshire: financiar mega fusões, ou mega aquisições.

Aqui podemos aprender uma primeira lição com Buffett, sempre há ações subavaliadas no mercado ou dependendo da ocasião e do seu perfil de investidor opções no mercado de títulos de renda fixa. Não distribua os ‘lucros’, reinvista. Encontre a melhor oportunidade, e aumente o efeito da ‘ bola de neve’.

Buffett: e a hora de comprar ações

O trecho seguinte enfatiza um aspecto que a maioria dos investidores medianos negligência:

Buffett: e a hora de comprar ações

Uma tradução livre seria: Charlie e Eu não temos um plano mágico para adicionar ganhos exceto sonhar grande e estar preparados mentalmente e financeiramente para agir rápido quando as oportunidades se apresentam. Em cada década, nuvens negras preencherão nos céus econômicos, e eles sutilmente choverão ouro. Quando as tempestades daquelas magnitudes ocorrem, é imperativo que nós corremos para fora carregando banheiras, não colheres de sopas. E aquilo é o que faremos.

Muitos investidores se amedrontam quando o próximo ciclo econômico de recessão começa. Buffett nos ensina que é hora de pegarmos calmamente as banheiras, irmos para o quintal e enchermos de ‘ouro’, ou melhor, de ações. Quantos investidores realmente aproveitaram o ciclo de recessão que começou com o segundo mandato da presidente Dilma para alocar em ações? Posso apostar que muito poucos, a grande maioria preferiu a segurança e os polpudos resultados do tesouro direto. No entanto, a grande maioria deve ter perdido a alta extraordinária de Vale (SA:VALE5) em 2016, de mais de 100%.

Esta segunda lição também justifica a retenção de todos os dividendos mencionados na primeira lição. As grandes oportunidades sempre surgirão, basta você estar financeiramente preparado para aproveitá-las.

Isto é válido não apenas para janelas de ciclos econômicos (crescimento-recessão), mas também para uma abordagem mais micro, no nível da empresa. A divulgação de um trimestre desapontador daquela empresa queridinha do mercado, pode ser a oportunidade para se posicionar. Comprar uma ação vendo-a cair todos os dias não é fácil, mas Buffett diz: é preciso estar também preparado mentalmente.

Você se absteve de comprar um carro novo, fazer uma viagem para Europa, para reinvestir seu suado salário em investimento. Você está comprando ações em queda, quando todo o mercado está dizendo: venda, venda, venda. Ou seja, qual a lógica de se seguir um receituário que parece mais fadado ao fracasso do que ao sucesso?

Buffett nos dá, sua terceira lição, numa janela ampla do mercado de ações norte americano, ele começa citando o índice Dow Jones no século XX que começou em modestos 66 ‘pontos’ e chegou em 11.497 pontos. Uma valorização de 17.320 %! Ou seja, um investidor passivo, que simplesmente acompanhou o índice teve uma valorização extraordinária. E Buffett explica a ‘magia’ por trás disso: inovação, ganhos de produtividade e espírito empreendedor.

Inovação, ganhos de produtividade e espírito empreendedor

As 3 lições que podemos aprender com Warren Buffett na sua última carta anual

A economia capitalista se reinventa a todo instante. Vamos analisar a indústria automobilística. Começamos andando a cavalo, Henry Ford substitui-os pelo motor a combustão, e agora Elon Musk da Tesla Motors (NASDAQ:TSLA) tenta substituir todos os carros a combustão por carros elétricos. Houve enormes ganhos de produtividade do animal cavalo que ficava cansado, para o motor a combustão que não tem a fadiga do animal, mas polui mais que seu antecessor. E chegamos finalmente em um novo aprimoramento disto tudo, o motor elétrico que é mais possante e menos poluente do que tudo que veio antes.

Isto é válido para a indústria automobilística e para diversos setores da economia brasileira. A única constante é a mudança. O investidor precisa acompanhar este dinamismo empreendedor que inova criando ganhos de produtividade e principalmente: valor para seus acionistas. Como Buffett disse no trecho uma cesta de ações, é uma maneira segura de se estar mais rico nos anos que virão.

É interessante resumirmos as três ideias importantes ensinadas pelo Sábio de Omaha.

Lição 1: Ao invés, de consumir todo o seu salário, reinvista uma parte importante dele. Reserve uma parte do seu rendimento para formar o seu ‘capital inicial’. Quanto maior o investimento presente, menor a necessidade de investimento futuro. E lembre-se: quanto mais cedo, melhor. Porque o tempo estará a seu favor. Quanto mais tarde, pior. Porque menos tempo se terá para capitalizar.

Lição 2: aproveite as oportunidades em ações e renda fixa. Quedas são ruins? Não necessariamente. A queda dos juros, por exemplo, pode aumentar seu ganho em títulos pré-fixados. Sempre há alguma oportunidade para se investir, peça ajuda ao seu consultor de investimentos.

Lição 3: há diversas oportunidades de investimentos, mas ações capturam todo o dinamismo econômico, ou em outras palavras: ações estão vinculadas ao processo de valor econômico capitalista. Cujo padrão normal são ideias inovadoras, aumento de produtividade que se traduzem em ganhos crescentes para você que é acionista da empresa, que finalmente valoriza as ações da empresa. Use as lições de Buffett a seu favor.

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