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4 razões por que o mercado de baixa ainda pode não ter acabado

Publicado 06.10.2022, 16:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • O S&P 500 pode registrar seu melhor início de 4º tri da história.
  • No entanto, as principais razões por trás do rali parecem ser de curto prazo.
  • Resultados corporativos, juros, riscos de recessão e crise energética na Europa ainda são os principais pontos de atenção.
  • O S&P 500 começou o mês com um impressionante rali, saltando mais de 5,7% entre segunda e terça-feira, seu melhor desempenho nos dois primeiros pregões de um 4º tri na história. O recorde anterior foi em 1990, quando o índice se valorizou 3,1% nos dois primeiros dias, encerrando o trimestre com uma valorização de +4,6%.

    No entanto, isso não é tão incomum como pode parecer. Se você observar os 100 maiores ralis do S&P 500 desde 1928, poderia pensar que eles ocorreram em um mercado de alta, mas não foi o caso. De fato, mais da metade (58%) ocorreu em mercados de baixa.

    Podemos apontar para as duas principais razões de curto prazo para o salto:

    • Os números de atividade industrial de segunda-feira e os dados de emprego de terça nos Estados Unidos deram aos investidores a esperança de que o Federal Reserve pode aliviar a alta da taxa de juros, interrompendo a sequência de aumentos de 75 pontos-base. No entanto, não podemos perder de vista que o mesmo aconteceu há alguns meses, quando dados de inflação abaixo das expectativas provocaram uma disparada nas ações. Mesmo assim, o Fed não mudou seu plano de voo naquele momento.
    • O resultado do primeiro turno das eleições no Brasil, um dos maiores países exportações de commodities do mundo, levou o pleito para o segundo turno. A disputa acirrada entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Bolsonaro deve fazer com que ambos os lados adotem posições econômicas mais moderadas, sobretudo por parte do candidato de esquerda do PT, que está à frente nas pesquisas e tem uma visão mais socialista para a política econômica. As empresas da Europa e da América do Norte com bastante exposição ao Brasil estão se beneficiando dessa tendência.

    Além disso, o S&P 500 se desvalorizou 9,34% em setembro. Com exceção de 2008, toda vez que ele caiu 7% ou mais em setembro, houve um repique em outubro:

    • Ano de 1974: (-11,9%): +16,3%.
    • Ano de 1986: (-8,5%): +5,5%.
    • Ano de 2001: (-8,2%): +1,8%.
    • Ano de 2002: (-11%): +8,6%.
    • Ano de 2008: (-9,1%): -16,9%.
    • Ano de 2011: (-7,2%): +10,8%.
    • Ano de 2022: (-8%): ???

    O atual mercado de baixa é o mais longo desde 2007-2009. A duração média de uma bear market nos últimos 82 anos foi de 14 meses, embora seja verdade que o prolongamento da queda pode variar bastante de caso a caso. Por exemplo, o mercado de baixa de 2020 só durou um mês, ao passo que o de 2000-2002 durou 31 meses.

    Acho difícil acreditar que os mercados encerraram o ciclo de correção. E tenho quatro razões para acreditar nisso:

    1. Os bancos centrais não vão parar de subir juros. Os dados não devem dissuadir o Fed de realizar mais um aumento significativo de juros em novembro. Ontem mesmo, a presidente do Federal Reserve Bank de São Francisco, Mary Daly, disse que não vê muito espaço para reduzir o ritmo de elevação de 75 pontos-base.
    2. O mercado espera que a taxa de crescimento dos resultados do S&P 500 no 3º tri seja de “apenas” 3,2%. Se isso acontecer, seria a mais lenta taxa de crescimento desde o 3º tri de 2020.
    3. O inverno está chegando na Europa, que ainda não descobriu como irá lidar com os cortes de fornecimento de gás da Rússia, entre outras questões.
    4.  Além disso, dados macroeconômicos de ontem na Europa não foram particularmente bons:
    • O PMI composto para a zona do euro foi de 48,1, o que amplia a desaceleração pelo terceiro mês consecutivo e aponta para o declínio mais rápido na produção desde janeiro de 2021.  A produção no setor de serviços e indústria cai.
    • O PMI de serviços na Alemanha caiu para 45, terceiro mês consecutivo de contração no setor e a queda mais acentuada desde maio de 2020.
    • O PMI de serviços da Espanha caiu de 50,6 para 48,5. Esses dados apontam para a primeira contração no setor de serviços do país desde janeiro.

    Para encerrar em tom positivo, estamos em outubro, mês que costuma apresentar uma volatilidade 36% maior do que a média dos outros 11 meses do ano. Por enquanto, o índice de volatilidade VIX está firme e não está nem perto dos picos anteriores do ano.

    Aviso: O autor atualmente não possui nenhum dos ativos mencionados neste artigo.

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