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Algodão: Preços internos e externos da pluma caíram em março pelo terceiro mês

Publicado 13.04.2023, 14:15
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Apesar da entressafra, os preços internos e, sobretudo, externos do algodão em pluma caíram em março pelo terceiro mês seguido. A pressão veio das condições econômicas adversas nos cenários mundial e brasileiro, que geraram receio entre agentes e limitaram as vendas de manufaturas. Parte dos vendedores também cedeu nos valores, especialmente porque as vendas internas estiveram mais atrativas que a paridade de exportação. Além disso, a proximidade da entrada da safra 2022/23 e a necessidade de alguns produtores de “fazer caixa” acabaram elevando a oferta de pluma no spot nacional. Nesses casos, produtores estiveram mais flexíveis nos valores, principalmente quando o lote apresentava alguma característica intrínseca comprometida. Entretanto, ainda houve uma parcela de cotonicultores que se manteve firme em seus preços, sobretudo para lotes de qualidade superior, cuja disponibilidade tem estado limitada no mercado. Já do lado comprador, indústrias adquiriram poucos volumes de pluma em março, visando atender apenas a necessidades imediatas e/ou repor estoques. Esses demandantes ofertaram preços menores pela pluma. Nesse cenário, entre 28 de fevereiro e 31 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou expressivos 10,01%, fechando a R$ 4,6572/lp no dia 31. De 27 de março a 3 de abril, especificamente, o Indicador reagiu, com pequena alta de 0,64%. Essa reação se deve às expressivas valorizações do petróleo, contexto que pode levar indústrias a migrar das fibras sintéticas para as naturais.

A média mensal do Indicador em março ficou em R$ 4,8618/lp, 7,2% inferior à de fevereiro/23 e 30,40% abaixo da de março/22. Esta é a menor média desde dezembro/20, quando fechou a R$ 4,7510/lp, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/23). Ainda assim, o Indicador ficou, em média, 12,1% acima da paridade de exportação, a menor diferença desde julho/22 (quando a cotação nacional esteve 2,2% inferior à paridade). Além disso, em termos nominais, a média de março do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente) foi de US$ 0,9547/lp, a menor desde junho/21 (US$ 0,9440/lp). A média do primeiro vencimento na Bolsa de Nova York (ICE Futures) fechou a US$ 0,8087/lp, a menor desde janeiro/21 (US$ 0,8085/lp). Ao longo de março, um maior volume de contratos a termo foi efetivado, tanto a preço fixo como, na maior parte, a fixar com base na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e/ou no Indicador. As entregas são para os segundos semestres de 2023 e de 2024, com destino aos mercados externo e interno.

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MERCADO INTERNACIONAL – De 28 de fevereiro a 31 de março, o dólar se desvalorizou 2,91% frente ao Real, fechando a R$ 5,069 no dia 31. O Índice Cotlook A caiu 2,67% no mês, a US$ 0,9670/lp no dia 31. Assim, as paridades de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) registraram queda de 5,6% em março, para R$ 4,2669/lp (US$ 0,8418/lp) no porto de Santos (SP) e R$ 4,2774/lp (US$ 0,8438/lp) no de Paranaguá (PR), também no dia 31. Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos acumularam quedas em março, mas estiveram em patamares mais elevados nos últimos dias do mês, influenciados pela expectativa de maior demanda, pelo enfraquecimento do dólar e pelo aumento no valor do petróleo. De 28 de fevereiro a 31 de março, o vencimento Maio/23 recuou 1,49%, a US$ 0,8278/lp; o Jul/23, 1,61%, a US$ 0,8310/lp; o Out/23, 1,17%, a US$ 0,8336/lp; e o Dez/23, 0,49%, a US$ 0,8342/lp.

USDA – Conforme dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 31 de março, a intenção de semeadura nos Estados Unidos para o ano-safra 2023/24 é de 4,56 milhões de hectares, 18,22% inferior à área cultivada em 2022/23 (5,57 milhões de hectares), mas 0,36% acima da semeada na temporada 2021/22 (4,54 milhões de hectares). Para o Texas, o principal estado produtor norteamericano, a área foi prevista em 2,52 milhões de hectares, queda de 20,91% frente à temporada anterior.

ICAC – Em relatório divulgado no dia 3 de abril, o Icac (Comitê Consultivo Internacional do Algodão) estimou a produção mundial em 24,553 milhões de toneladas na safra 2022/23, 2,48% inferior à anterior, mas ligeiro 0,75% maior que a estimativa do início de março/23. Já o consumo mundial de algodão teve reajuste positivo de 2,88% frente aos dados do relatório anterior, mas, ainda assim, deve cair 7,81% se comparado à safra 2021/22, para 23,797 milhões de toneladas, podendo ficar 3,08% inferior à oferta. Às exportações, por sua vez, projeta-se aumento de 4,33% no comparativo mensal, mas recuo de 7,72% frente às da temporada anterior, para 8,98 milhões de toneladas. Nesse cenário, o estoque final deve somar 20,181 milhões de toneladas, com elevação de 3,89% em relação à temporada 2021/22, mas queda de 2,55% frente ao relatório de março/23. Quanto aos preços, em abril, o Comitê indicou média do Índice Cotlook A de US$ 1,0371/lp para a temporada 2022/23, variando de US$ 0,9980/lp a US$ 1,2212/lp. Além disso, a estimativa atual está 2,1% superior à média do relatório divulgado no dia 1º de março/23 (US$ 1,0157/lp).

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CAROÇO DE ALGODÃO – A disparidade entre os preços de agentes ativos seguiu limitando as negociações de caroço de algodão no spot em março, sendo mantidos ainda os cumprimentos de contratos a termo. Algumas negociações de óleo, torta e farelo de algodão foram captadas, porém, a volumes reduzidos, devido à baixa demanda, principalmente pelos dois últimos produtos. Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que a média do caroço no mercado spot em março/23 em Campo Novo do Parecis (MT) foi de R$ 1.115,90/t, queda de 1,2% em relação ao mês anterior e retração de expressivos 30,5% sobre a de março/22 (R$ 1.606,42/t), em termos reais – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de fevereiro/23. Em Barreiras (BA), a média foi de R$ 1.587,17/t, baixas de 2% frente à de fevereiro/23 e de 8,8% em relação à de março/22. Em São Paulo (SP), a média caiu apenas 0,4% no mês e 17,1% no ano, a R$ 1.657,07/t em março/23. Já em Lucas do Rio Verde (MT), a média fechou a R$ 1.198,00/t, alta de 1,5% frente à do mês anterior, mas baixa de expressivos 23,1% se comparada à do mesmo período de 2022. Em Primavera do Leste (MT), a média subiu 1,2% na comparação mensal, mas recuou 21,4% na anual, indo para R$ 1.304,95/t em março/23.

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