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C&A Brasil (CEAB3): Do Lixo ao Luxo?

Publicado 09.03.2023, 10:16
Atualizado 09.07.2023, 07:32
LREN3
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GUAR3
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CEAB3
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Em menos de 5 dias, as ações da C&A (BVMF:CEAB3) dispararam 58% com a divulgação do resultado do 4º trimestre de 2022.

A ação vinha apanhando mais de 60% desde o seu pico recente de R$ 5,82 em março de 2022, graças ao cenário macroeconômico de alta dos juros.

As ações até esboçaram algumas reações ao longo dos últimos 12 meses, por vezes, graças a um boato ou outro sobre a venda dela para outra varejista – alô? É da Renner? – ou graças a uma melhora operacional, mas nada capaz de furar a onda de juros altos.

A realidade da C&A se mostrou bem mais parecida com aquela ressaca que carrega todos os lixos para a areia do que com um turnaround bem sucedido. Pelo menos até o resultado do 4º tri.

A Receita Líquida da companhia fechou 2022 em R$ 6,18 bilhões em 2022 – alta de 20% em relação a 2021 –, sendo R$ 1,948 bilhões no 4T22 – alta de 4,7% em relação ao 4T21.

Houve melhora nas margens bruta (50,2% – +3,7 p.p. vs 4T21) e EBIT (18,1% – +6,5 p.p. vs 4T21) no 4T22 , mas a margem líquida piorou no 4T22 (5,7% – -2,6 p.p. vs 4T21)

Na nossa visão, o resultado ainda não é tão bom quanto dos pares, mas indica um futuro mais promissor. Isso não é uma grande surpresa dado o ambiente mais desafiador nesse ano.

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio feita pelo IBGE, o setor de tecidos, vestuário e calçados teve uma queda de 4,3% no mês de outubro em relação a setembro. Por sua vez, novembro teve uma queda de 2,1% em relação a outubro e dezembro uma queda de 6,1% em relação a novembro.

Mesmo assim, a C&A fechou o ano com a abertura de 17 lojas e o fechamento de 4, conseguiu ficar dentro dos seus limites de dívida (Dívida líquida/ EBITDA ajustado

A realidade é que, mesmo em reestruturação, a ação vinha sendo amassada pelo cenário macro de forma esmagadora, até mais do que deveria na nossa opinião.

Mesmo com o custo da dívida extremamente alto e comendo quase todo o lucro operacional da companhia, o lucro líquido fechou em R$ 829 milhões.

Apesar de parecer pouco, o market cap da empresa está avaliado em menos de R$1 bilhão. A empresa ainda tem R$1,6 bilhão em caixa e deve recuperar cerca de R$610 milhões em crédito tributário nos próximos 2 anos.

Isso não é novidade para ninguém ou, pelo menos, não deveria.

Mas, além disso, mais um fator pode destravar ainda mais valor pra empresa. Estou falando da Margem Bruta da empresa. Ela já é menor que dos principais concorrentes como Renner (BVMF:LREN3) e Guararapes (BVMF:GUAR3), afinal, uma das linhas de venda da C&A é a de eletrônicos, que tem uma margem menor.

Mas a empresa vêm se esforçando pra impulsionar a margem na venda de roupas com algumas melhoras. Delas, se destacam a precificação dinâmica e o push and pull. Com isso, a Margem Bruta tende a aumentar e, se controlarem as despesas como da forma que tem feito, a Margem EBIT vai, por consequência, aumentar também. Pra vocês terem ideia, se a Margem Bruta ficar nesse patamar de 50,2% nos próximos anos, que é 2% acima da média histórica, o preço-alvo da ação pode subir 2 reais. Se ultrapassar esse patamar então, vai subir ainda mais.

O mercado, no entanto, parece só ter acordado depois desse último resultado. A ação sobe ininterruptamente há 4 pregões, acumulando a alta de 58% mencionada no início deste texto.

Apesar dessa forte alta nos últimos dias, a ação segue barata e com bastante espaço para crescimento. O ponto de atenção é que isso só se tornará realidade com um operacional ainda melhor e caso os "deuses do macro" ajudem.

Co-escrito por Gabriel Lacombe e Lucas Nóbrega

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