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Análise Conjuntural do Café Arábia

Publicado 13.12.2016, 11:09
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ANÁLISE CONJUNTURAL - ARÁBICA

PREÇOS - Apesar de oscilarem no correr de novembro, os preços de café arábica superaram os de outubro. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, teve média de R$ 556,74/saca de 60 kg, alta de 8,9% em relação a outubro e de 18,6% sobre nov/15, em termos nominais. No início do mês, a desvalorização do dólar frente ao Real e a retração vendedora impulsionaram os preços da variedade. Na segunda quinzena, porém, movimentos técnicos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e a previsão de excedente de 5,8 milhões de sacas de 60 kg na produção mundial de arábica na temporada 2016/17 pressionaram as cotações. A média dos contratos negociados na Bolsa de Nova York foi de 163,44 centavos de dólar por librapeso, aumento de 2,1% em relação a outubro. O dólar teve média de R$ 3,34 no mês, alta de 5% no mesmo comparativo.

CLIMA - Chuvas intercaladas com dias quentes nas principais regiões produtoras de café arábica favoreceram o avanço dos tratos culturais da safra 2017/18 em novembro, amenizando, em partes, os efeitos da menor produção em uma temporada de bienalidade negativa. Mesmo com o atraso das precipitações neste semestre, o desenvolvimento e “enchimento” dos grãos da próxima safra caminharam de forma satisfatória, segundo colaboradores do Cepea. Regionalmente, no Cerrado e Sul Mineiro (regiões de arábica), as chuvas foram boas, mas produtores seguiam indicando que, até o final de novembro, aguardavam maiores volumes para melhorar as condições dos cafezais, incluindo a recuperação dos pés esqueletados e podados. Na Mogiana e em Garça (SP), apesar de dias de sol forte, a boa umidade do solo mantinha, até o final de novembro, os chumbinhos de arábica nos cafezais. Alguns produtores também aproveitaram para adubar as lavouras e, nos dias mais secos, para realizar as pulverizações. Nas regiões que podem produzir mais arábica em 2017, Zona da Mata Mineira e noroeste do Paraná, o período chuvoso deixa produtores com boas expectativas para a colheita. Também em novembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que os estoques brasileiros de passagem, após a temporada 2016/17, devem ser de 4,14 milhões, 52% acima dos da temporada 2015/16, mas menos da metade dos registrados na safra 2014/15, de 9,3 milhões de sacas. Esse cenário confirma que os estoques brasileiros seguem baixos, o que pode manter os preços atrativos em 2017. O USDA estima que a colheita de café no Brasil deve totalizar 56,1 milhões de sacas na temporada 2016/17, volume 13,6% maior que o da 2015/16 e ainda 0,3% superior ao apontado no relatório de julho/16. A opinião de agentes consultados pelo Cepea sobre os dados do USDA diverge, mas uma parcela aponta que a estimativa é mais realista que a da Conab para a safra 2016/17. Muitos acreditam que o Brasil realmente colheu entre 55 e 56 milhões de sacas e que, na atual temporada, a qualidade da arábica foi superior à de 2015/16.

EstatísticasCepea café

GráficosCepea café

ANÁLISE CONJUNTURAL - ROBUSTA

PREÇOS - Os preços internos do café robusta oscilaram por todo mês de novembro. Nos primeiros dias, as cotações seguiam sustentadas pela baixa oferta e pela retração vendedora. Já a partir do dia 14, os valores começaram a recuar, refletindo a perspectiva de melhora na safra 2016/17 do Vietnã, maior produtor mundial de robusta. Além disso, compradores ficaram fora do mercado em boa parte do mês, deixando lentas as negociações. Agentes consultados pelo Cepea indicam que muitas indústrias torrefadoras e de café solúvel já tinham o grão comprado com entregas programadas para o final de 2016. Parte das torrefadoras no País também reduziu, ou até mesmo retirou, o robusta dos blends de café, limitando a saída dos estoques. No mercado internacional, as cotações recuaram após a previsão de menor quebra da temporada 2016/17 no Vietnã. A colheita naquele país iniciou em outubro, com estimativa de queda de até 20% na produção, por conta do clima adverso. Já no dia 16 de novembro, notícias indicavam redução na estimativa de quebra para 3%. Diferente do Vietnã, a oferta de robusta do Brasil deve seguir restrita nos próximos meses, uma vez que os estoques da variedade estão muito apertados e a próxima safra 2017/18 não deve reverter este quadro. A melhora do clima nas principais regiões produtoras, com o retorno das chuvas no Espírito Santo e Rondônia, animou produtores da variedade, que retomaram os tratos culturais. Ainda que agentes não acreditem em maior volume na temporada 2017/18, as precipitações podem melhorar a qualidade e o rendimento da temporada. A volta das chuvas também auxilia a recuperação da lavoura da safra 2018/19.

Apesar da oscilação dos preços em novembro, as cotações domésticas de café robusta acumularam a oitava alta mensal consecutiva. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima – a retirar no Espírito Santo – foi de R$ 521,31/saca de 60 kg, 4% superior à de outubro e expressivos 38,9% acima da de nov/15 (nominal). O tipo 7/8 bica corrida avançou 3,8% de um mês para outro, passando para R$ 510,64/sc em novembro. No mercado internacional, o contrato Janeiro/17 de robusta negociado na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) fechou a US$ 2.026/tonelada em 30 de novembro, queda de 7,2% na comparação com 30 de outubro.

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